Essa pergunta tem sido feita por diversas pessoas após o triste incidente da semana passada que resultou na morte do menino João Roberto Soares. Não vou ficar aqui comentando se os policiais estão corretos ou não e se devem ser expulsos da corporação ou não, até por que esse assunto não é o foco deste texto. Não estou com isso querendo defender ou criticar os homens responsáveis por esse ato infeliz. Mesmo por que ele já está sendo analisado pelas autoridades competentes. Quero aqui falar sobre como a nossa sociedade é hipócrita e, consequentemente, nossos políticos.
Há poucos dias estava assistindo o excelente programa, diga-se de passagem, “Espaço público” da atual TV Brasil que um dos temas do dia era a violência praticada pela força policial tanto a civil quanto a militar do estado do Rio de Janeiro. Quando um dos convidados levantou a questão de que tudo o que agora está acontecendo é fruto de uma política que vem desde a década de 80, quando força policial agia com extrema violência chegando até a acontecer algumas mortes. Nesse período a sociedade fluminense aplaudia esse excesso de força, pois acontecia longe dos pontos turísticos e das zonas nobres da cidade e somente os membros das classes menos favorecidas estavam sendo vitimas dessa força exacerbada. Agora quando essa mesma classe que aplaudia começa a ser também vítima pipocam as críticas contra força policial.
Outros pontos absurdos foram as posições tomadas pelo governador Sergio Cabral Filho e seu secretário de segurança Mariano Beltrame. O primeiro vem a público para tomar uma decisão extremamente populista que é execrar os dois policiais e dizer que estavam expulsos da corporação. Quanto o segundo num comunicado à imprensa diz que aquela fatalidade foi ocasionada pela falta de preparo dos policiais. Há quanto tempo nós, cidadãos fluminenses, sabemos que a polícia militar do Rio de Janeiro não recebe os recursos que precisa para realmente cuidar da segurança do cidadão? Sejam recursos humanos ou técnicos. E o que esses dois senhores têm feito pela nossa força policial? A verdade é a nossa polícia sobrevive graças aos heróicos esforços desses homens e mulheres que travam diariamente uma batalha contra a falta dos recursos mais básicos para tentar conter o avanço da criminalidade.
Não estou aqui dizendo que a dor dessa família não deve ser levada em conta ou respeitada. Não só deve quanto eu me solidarizo com essa família, mas e quanto a dor das outras diversas famílias que têm seus filhos assassinados apenas por tentarem defender essa sociedade que não nutre por eles o mínimo de respeito? E aquelas que perdem seus entes queridos e suas fotos não são levadas aos jornais?
Essa polícia que temos hoje é o fruto de um descaso das autoridades com a população fluminense que ano após ano, governo após governo ficam tomando atitudes populistas e de maquiagem sem realmente se importarem realmente com a segurança e bem-estar da população e não de uma meia-dúzia de indivíduos que sempre rondam os palácios do nosso estado.
Tonni Nascimento
Há poucos dias estava assistindo o excelente programa, diga-se de passagem, “Espaço público” da atual TV Brasil que um dos temas do dia era a violência praticada pela força policial tanto a civil quanto a militar do estado do Rio de Janeiro. Quando um dos convidados levantou a questão de que tudo o que agora está acontecendo é fruto de uma política que vem desde a década de 80, quando força policial agia com extrema violência chegando até a acontecer algumas mortes. Nesse período a sociedade fluminense aplaudia esse excesso de força, pois acontecia longe dos pontos turísticos e das zonas nobres da cidade e somente os membros das classes menos favorecidas estavam sendo vitimas dessa força exacerbada. Agora quando essa mesma classe que aplaudia começa a ser também vítima pipocam as críticas contra força policial.
Outros pontos absurdos foram as posições tomadas pelo governador Sergio Cabral Filho e seu secretário de segurança Mariano Beltrame. O primeiro vem a público para tomar uma decisão extremamente populista que é execrar os dois policiais e dizer que estavam expulsos da corporação. Quanto o segundo num comunicado à imprensa diz que aquela fatalidade foi ocasionada pela falta de preparo dos policiais. Há quanto tempo nós, cidadãos fluminenses, sabemos que a polícia militar do Rio de Janeiro não recebe os recursos que precisa para realmente cuidar da segurança do cidadão? Sejam recursos humanos ou técnicos. E o que esses dois senhores têm feito pela nossa força policial? A verdade é a nossa polícia sobrevive graças aos heróicos esforços desses homens e mulheres que travam diariamente uma batalha contra a falta dos recursos mais básicos para tentar conter o avanço da criminalidade.
Não estou aqui dizendo que a dor dessa família não deve ser levada em conta ou respeitada. Não só deve quanto eu me solidarizo com essa família, mas e quanto a dor das outras diversas famílias que têm seus filhos assassinados apenas por tentarem defender essa sociedade que não nutre por eles o mínimo de respeito? E aquelas que perdem seus entes queridos e suas fotos não são levadas aos jornais?
Essa polícia que temos hoje é o fruto de um descaso das autoridades com a população fluminense que ano após ano, governo após governo ficam tomando atitudes populistas e de maquiagem sem realmente se importarem realmente com a segurança e bem-estar da população e não de uma meia-dúzia de indivíduos que sempre rondam os palácios do nosso estado.
Tonni Nascimento