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sexta-feira, 11 de julho de 2008

Que polícia é essa?

Essa pergunta tem sido feita por diversas pessoas após o triste incidente da semana passada que resultou na morte do menino João Roberto Soares. Não vou ficar aqui comentando se os policiais estão corretos ou não e se devem ser expulsos da corporação ou não, até por que esse assunto não é o foco deste texto. Não estou com isso querendo defender ou criticar os homens responsáveis por esse ato infeliz. Mesmo por que ele já está sendo analisado pelas autoridades competentes. Quero aqui falar sobre como a nossa sociedade é hipócrita e, consequentemente, nossos políticos.

Há poucos dias estava assistindo o excelente programa, diga-se de passagem, “Espaço público” da atual TV Brasil que um dos temas do dia era a violência praticada pela força policial tanto a civil quanto a militar do estado do Rio de Janeiro. Quando um dos convidados levantou a questão de que tudo o que agora está acontecendo é fruto de uma política que vem desde a década de 80, quando força policial agia com extrema violência chegando até a acontecer algumas mortes. Nesse período a sociedade fluminense aplaudia esse excesso de força, pois acontecia longe dos pontos turísticos e das zonas nobres da cidade e somente os membros das classes menos favorecidas estavam sendo vitimas dessa força exacerbada. Agora quando essa mesma classe que aplaudia começa a ser também vítima pipocam as críticas contra força policial.

Outros pontos absurdos foram as posições tomadas pelo governador Sergio Cabral Filho e seu secretário de segurança Mariano Beltrame. O primeiro vem a público para tomar uma decisão extremamente populista que é execrar os dois policiais e dizer que estavam expulsos da corporação. Quanto o segundo num comunicado à imprensa diz que aquela fatalidade foi ocasionada pela falta de preparo dos policiais. Há quanto tempo nós, cidadãos fluminenses, sabemos que a polícia militar do Rio de Janeiro não recebe os recursos que precisa para realmente cuidar da segurança do cidadão? Sejam recursos humanos ou técnicos. E o que esses dois senhores têm feito pela nossa força policial? A verdade é a nossa polícia sobrevive graças aos heróicos esforços desses homens e mulheres que travam diariamente uma batalha contra a falta dos recursos mais básicos para tentar conter o avanço da criminalidade.

Não estou aqui dizendo que a dor dessa família não deve ser levada em conta ou respeitada. Não só deve quanto eu me solidarizo com essa família, mas e quanto a dor das outras diversas famílias que têm seus filhos assassinados apenas por tentarem defender essa sociedade que não nutre por eles o mínimo de respeito? E aquelas que perdem seus entes queridos e suas fotos não são levadas aos jornais?

Essa polícia que temos hoje é o fruto de um descaso das autoridades com a população fluminense que ano após ano, governo após governo ficam tomando atitudes populistas e de maquiagem sem realmente se importarem realmente com a segurança e bem-estar da população e não de uma meia-dúzia de indivíduos que sempre rondam os palácios do nosso estado.

Tonni Nascimento

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Ano Novo, vida nova!


Bem, não sei se vocês perceberam, mas nosso último texto terminou com um "Até logo". E por isso estamos aqui junto com esse novo ano inciando uma nova fase no "Pontos de vista". Antigos colaboradores voltarão ao nosso espaço e também teremos novos companheiros. Esperamos que os nossos amigos conitinuem conosco nessa nova fase.

Mais um ano que se vai e outro que chegou. Ok, todos nós festejamos, brindamos, abraçamos parentes, amigos e pessoas queridas, alguns fizeram promessas outros traçaram metas, tudo isso para esse novo ano. Mas e aí? Passados aqueles poucos minutos de euforia e festa o fazer? Será que ficaremos vendo o novo ano passar sonhando com os nossos planos e metas estipulados ou faremos com que eles tornem-se reais?

Não sei o que vocês decidiram nessa passagem de ano, mas no meu “reveillon”, que passei com amigos nas areias de Copacabana, logo após os minutos de euforia que a festa pirotécnica e as companhias amigas nos proporciona tomei uma decisão. Esse ano não iria levar à sério as metas que ano após ano eu traço numa folha. Até por que na sua maioria elas nunca saem do papel. Por conta disso esse ano irei fazer diferente. Vou deixar de lado essa mania que temos de escrever em papéis tudo o que queremos ou o que desejamos. Eu sei o que quero e isso me basta, não vou perder meu tempo escrevendo duas, cinco, sete ou quantas metas eu quero realizar esse ano. Vou tentar tornar tais desejos em coisas concretas.

Não sei se isso fará alguma diferença, mas como do modo antigo não tem adiantado muito creio que vale a pena muda-lo. Afinal de contas como disse o poeta “tudo vale a pena se alma não é pequena”. E, tendo isso em mente junto com meus desejos vou batalhar por tudo o que eu quero e acho justo para mim e para aqueles que amo. Feliz Ano Novo!

Tonni Nascimento