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terça-feira, 26 de junho de 2007

Sacrifícios e Escolhas...

Estava eu vivendo uma semana atribulada, tentando concluir a famigerada monografia, vendo o tempo correr desesperadamente no relógio e no calendário, impedindo-me de fazer tantas coisas que eu gostaria, mas que, naquele momento, tive de deixar para trás por causa daquele trabalho.

Imediatamente, comecei a reclamar e reclamar devido a essas tantas coisas que eu desejava fazer e que aquele trabalho estava atrapalhando.

Depois de algum tempo, e de alguns chiliques e ataques, dei-me conta de que aquele trabalho do qual eu reclamava era fruto de uma escolha minha e, mais do que isso, era o meu passaporte de entrada em uma nova fase da minha vida profissional e intelectual.

Naquele momento então, pus-me a refletir a respeito das tantas vezes que eu e tantas outras pessoas nos pusemos a praguejar quando nos víamos diante de uma situação que frustrava nossos planos imediatos. Mas, em nenhum momento, passa-nos pela mente a idéia de que tal situação é, na verdade, o resultado do caminho que nós mesmos optamos por seguir em um dado momento de nossas vidas.

Quando falo em situações que frustram nossos planos imediatos, não me refiro apenas aos trabalhos que temos de fazer. Muitas vezes, deixamos pessoas de lado em nome de coisas que nos parecem interessantes por apenas um momento.

Não digo que devemos viver sempre dentro de uma planejamento rígido e inabalável, mas devemos ter sempre em mente que para cada passo que damos hoje, há outros tantos que a própria vida rabisca a nossa frente sem, algumas vezes, oferecer-nos a oportunidade de apagar.

É evidente que, ao falar dessa forma, vem nos imediatamente a idéia de que cometemos grandes erros ao mudar nossos planos em função de algo que nos aparece repentinamente. Não, não é essa a minha idéia! O que tenho em mente, ao falar assim, é que cada vez que escolhemos temos de fazê-lo sempre de maneira consciente, sabendo que estamos traçando novos rumos para nossa vida.

Cada passo dado, cada escolha, implica em conseqüências para nós e para as pessoas a quem envolvemos em nosso caminho. Assim, podemos dizer que cada sacrifício que, supostamente, nos é imposto pela vida é na verdade apenas o preço de nossas escolhas e cada vez que escolhemos devemos fazê-lo sem medo, mas sempre conscientes de que estamos traçando nosso próprio caminho e, seja ele qual for, será exatamente da maneira como nossos passos o traçaram, terá exatamente o nosso número, o nosso sujeito e que só os nossos passos poderão levá-los a novos rumos .

Josiane Vieira

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