Vale lembrar que a partida terminou empatada (2X2) e tem mais jogo no Maraca no domingo (03/05, às 16h). Eu torço para que seja mais um espetáculo tanto em campo como nas arquibancadas. Porém, no último jogo, a torcida fez mais bonito. Confesso que morri de medo que a confusão iniciada pelo Juan do Flamengo em cima do Maicosuel do Botafogo terminasse em briga feia.
Calminha aí, galera: ninguém no Maraca pagou o ingresso para ver briga. Maracanã e Coliseu não têm nada a ver, a não ser o formato. O objetivo é outro. Futebol é paixão, sim. Esporte em geral é, mexe com a emoção de todo mundo: de quem assiste e de quem joga, mas não podemos esquecer que os jogadores são profissionais, contratados e pagos (ora bem demais, ora de forma irregular) e, portanto, o profissionalismo deve imperar.
Houve sim, outros lances tristes na partida provocados por jogadores de ambos os times. Esse foi só um dos mais exaltados. Eu concordo com o presidente da Comissão de Arbitragem do Rio de Janeiro, Jorge Rabello, que em entrevista para a Rádio Brasil, disse que o jogador do Flamengo deveria ter sido EXPULSO.
Mas, mesmo assim, é muito chato ver os ATLETAS cavando faltas, enfiando a mão na cara um do outro. Esquecendo que do outro lado há um companheiro de profissão que está tentando mostrar o seu melhor, o seu talento e fazer a diferença no seu time, honrando o seu salário, buscando o título e a fama de CRAQUE tanto quanto ele. Acima de tudo é um ser humano.
É certo que as provocações existem e fazem parte do JOGO PSICOLÓGICO também. Contudo, há limites. Fazer uma falta leve para impedir o gol e ainda se dar bem, ficando sem cartão, é saudável.
O que os ATLETAS têm que perceber é que “domingo no Maracá” é programa FAMÍLIA e que eles são exemplos de inúmeros garotos e garotas que se espelham neles para serem atletas do futuro. Eles têm que perceber que se a moda pega, futebol fica sem sal e sem graça. Eles têm que perceber que o clima dentro do campo passa para a torcida e que segurar 50 mil no Maracá não é mole, não. Acabar com a festa para quê?