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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Domingo no Maraca: QUERO VER ESPETÁCULO

Estou certa que o primeiro jogo da final do Campeonato Carioca, entre Flamengo e Botafogo, foi digno de se chamado de “clássico”. Não só por ser disputado por dois times grandes que alimentam alta rivalidade em campo, mas também porque as reviravoltas da partida emocionaram e os torcedores dos dois lados tiveram seus momentos de glória e sofrimento.

Vale lembrar que a partida terminou empatada (2X2) e tem mais jogo no Maraca no domingo (03/05, às 16h). Eu torço para que seja mais um espetáculo tanto em campo como nas arquibancadas. Porém, no último jogo, a torcida fez mais bonito. Confesso que morri de medo que a confusão iniciada pelo Juan do Flamengo em cima do Maicosuel do Botafogo terminasse em briga feia.

Calminha aí, galera: ninguém no Maraca pagou o ingresso para ver briga. Maracanã e Coliseu não têm nada a ver, a não ser o formato. O objetivo é outro. Futebol é paixão, sim. Esporte em geral é, mexe com a emoção de todo mundo: de quem assiste e de quem joga, mas não podemos esquecer que os jogadores são profissionais, contratados e pagos (ora bem demais, ora de forma irregular) e, portanto, o profissionalismo deve imperar.

Houve sim, outros lances tristes na partida provocados por jogadores de ambos os times. Esse foi só um dos mais exaltados. Eu concordo com o presidente da Comissão de Arbitragem do Rio de Janeiro, Jorge Rabello, que em entrevista para a Rádio Brasil, disse que o jogador do Flamengo deveria ter sido EXPULSO.

Mas, mesmo assim, é muito chato ver os ATLETAS cavando faltas, enfiando a mão na cara um do outro. Esquecendo que do outro lado há um companheiro de profissão que está tentando mostrar o seu melhor, o seu talento e fazer a diferença no seu time, honrando o seu salário, buscando o título e a fama de CRAQUE tanto quanto ele. Acima de tudo é um ser humano.

É certo que as provocações existem e fazem parte do JOGO PSICOLÓGICO também. Contudo, há limites. Fazer uma falta leve para impedir o gol e ainda se dar bem, ficando sem cartão, é saudável.

O que os ATLETAS têm que perceber é que “domingo no Maracá” é programa FAMÍLIA e que eles são exemplos de inúmeros garotos e garotas que se espelham neles para serem atletas do futuro. Eles têm que perceber que se a moda pega, futebol fica sem sal e sem graça. Eles têm que perceber que o clima dentro do campo passa para a torcida e que segurar 50 mil no Maracá não é mole, não. Acabar com a festa para quê?

quinta-feira, 23 de abril de 2009

De volta a “escritoterapia”

Há algum tempo eu não publicava nada nesse blog e muito menos nos outros espaços que eu participava. Andei um pouco atarefado e com algumas dificuldades de tempo para parar e concatenar minhas idéias de forma lógica ao ponto de serem transformadas em um texto, com o mínimo de coesão e lógica que quem se propõe a vir aqui e ler essas linhas merece.


Confesso também que andei um tanto quanto desanimado e desestimulado com o rumo que o “Pontos de vista” estava tomando. A idéia inicial era uma e conforme os companheiros iam deixando de colaborar, pelos mais diversos motivos, e nem mesmo dando justificativas. Percebi que alguma coisa não estava boa e precisava ser repensada. E, dessa forma, até eu mesmo acabei desanimando e parando de publicar meus escritos. Mesmo quando, no início, havia prometido para mim mesmo que jamais desistiria mesmo que fosse o único a publicar textos aqui, mas acabei sendo derrotado pelo meu desânimo. Deixando, assim, também de publicar meus escritos.


Mas como a inteligência popular nos ensina que “após a tempestade vem sempre a bonança”, o período de “vacas magras” havia chegado ao final. Há alguns dias, eu estava relendo alguns dos meus escritos publicados no site Recanto das letras quando percebi pelos comentários dos meus leitores (sempre quis escrever isso) o quanto era levado a sério por eles e, sem falsa modéstia, o quanto meus textos eram bons. Escrevo isso agora até com um pouco de orgulho, pois vocês nem imaginam o quanto muito bom ter visto, nos contadores de leituras e comentários, como meus textos estavam sendo lidos, mesmo quando eu havia deixado de lado a regularidade de escrever e publicar.


Comecei então a repensar em voltar e fazer uma atividade que em dava muito prazer. Foi quando, para completar a injeção de ânimo, recebo um e-mail de uma amiga pedindo uma autorização para que ela voltasse a participar do blog. E, se eu ainda precisasse de algum motivo ou existisse duvidas para voltar, aí estava a resposta: Não poderia deixar minha amiga publicar de forma solitária e decidi então voltar a minha terapia – a prática de observar fatos e pessoas, avaliar situações, concatenar as idéias e expô-las na forma de textos.


Dessa forma não poderia deixar de terminar sem deixar registrado o meu agradecimento à minha amiga Thais, que com a sua decisão de voltar ao blog me estimulou a voltar também, e aos leitores, que se não são o principal motivo para que eu escreva são com certeza um dos principais. Pois o que seriam das prosas e dos versos se não existissem os leitores para apreciá-los ou difamá-los?


Então como escrevi no título estou de volta a minha “escritoterapia” e, desde já, começo a me sentir muito bem pelo fato de estar, outra vez, partilhando minhas idéias, pensamentos e observações com vocês.


Tonni Nascimento

sexta-feira, 17 de abril de 2009

A arte de se livrar de hábitos negativos

Ou a arte de adquirir hábitos positivos



O bom filho a casa retorna. É assim mesmo? Bem, vocês entenderam. O contexto do meu regresso ao blog me fez pensar na questão dos hábitos em nossas vidas. Ah, e embora eu use a palavrinha “arte”, este texto não é um manual e está longe de ser. Permito-me apenas fazer algumas considerações a respeito, pois, com todo respeito: ninguém tem receita de bolo para nada nesta vida!!!

Porém, nada nos impede de dividir experiências e impressões, não é mesmo? Então, vamos ao que interessa:

Como boa estudante de Jornalismo que sou tenho o dever de praticar a arte (olha ela aqui de novo) de escrever. E, nossa, tenho um longo caminho pela frente. Durante estes 3 anos de faculdade, pude observar que muitos colegas usam os blogs como forma de exercitar o texto jornalístico e, consequentemente, ter visibilidade no mercado.

Me espanta a facilidade com a qual escrevem . Alguns alimentam 3, 4 blogs. Haja cabeça para isso. Comigo nunca foi assim. Eu apanho para redigir qualquer coisa. Será que estou na profissão errada?

Não é bem assim. A minha experiência em provas, em seleções de estágio e no último estágio que tive mostrou que tenho agilidade. O problema é quando a coisa tem que partir de mim. Gosto de escrever e me empenho para que seja bonitinho. Mas, assim do nada? Muito difícil. É o tipo de coisa que para virar um habito vai custar muito. Muito trabalho, dedicação e tempo.

Porém, se não dermos o primeiro passo, não chegamos a lugar algum. Há pessoas que acreditam que é preciso olhar bem no fundo e ver o que há de errado para consertar (hábitos negativos) e há os que acham que o foco deve estar no que queremos desenvolver, melhorar, adquirir (hábitos positivos) porque com isso os hábitos negativos somem, são esquecidos, atrofiam.

Acho que não há necessariamente uma relação de causa e efeito aí. Temos que trabalhar com todo afinco nas duas frentes! E como é difícil. Quantas vezes a gente não desiste, não esquece e deixa passar a oportunidade da prática? Vontade, temos, mas somos arrastados por um turbilhão de coisas...

Isso acontece muito com um tipo de personalidade (me incluo no quadro) chamado de ENTUSIASTA. Entusiasta é o individuo propenso ao entusiasmo que, no caso, vem a ser “Força, veemência; transporte, arrebatamento. Paixão viva; inspiração.” O problema todo é esse: Nos enchemos de força, de gás e usamos tudo de uma vez só. Depois a coisa esfria...

E o que fazer? Sinceramente, ainda estou por descobrir. Mas estou aqui tentando. Se alguém tiver algo para dividir a respeito, aceito sugestões.