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sábado, 7 de julho de 2007

Nossas paixões

Alguma vez já paramos para pensar como nós, os seres humanos, temos o "dom" de nos apaixonamos facilmente? Às vezes por coisas e causas realmente importantes, porém outras por razões que se pararmos para pensar nem nós mesmos entendemos o motivo de tanta paixão.

Vamos citar alguns exemplos, mas começando por um dos mais simples, contudo um dos que mais paixão agrega: o futebol. Quantos de nós somos apaixonados por futebol ou conhecemos alguém que seja? Não digo aquele simples torcedor que gosta de futebol, mas não está nem aí se o seu time venceu ou perdeu. Mas aqueles que são capazes de deixar de comparecer em compromissos para ver o seu time jogar. Quantos nós conhecemos que são capazes de chorar, brigar, passar por dificuldades financeiras para assistir aos jogos? Enfim cometer diversos desatinos por causa do seu time, cujo seus dirigentes ou jogadores por vezes não estão nem aí para o que os torcedores pensam ou sentem.

Também poderíamos citar outros exemplos além do futebol. Como alguns objetos (instrumentos musicais, livros, CD’s, DVD’s, etc). Quem de nós não tem aquela peça de vestuário que guarda como se fosse o tesouro mais raro do mundo? Ou aquele CD que você é capaz de comprar outro igual somente para não estragar o primeiro de tanto ouvir ou aquele instrumento musical (violão, flauta, saxofone, violino, etc.) que você não usa mais, porém não o vende, não doa e muito menos empresta? Será que alguma vez pensamos nisso, como nós somos apaixonados por essas coisas e ficamos tentando dissimular dizendo que tais objetos têm enormes valores sentimentais?

Agora uma das paixões que eu considero das mais interessantes é a paixão pelos amigos. Não aquela paixão carnal, de sentir desejo pelo amigo ou amiga, mas aquela de que você chega a sentir ciúmes, de querer que sua atenção seja totalmente para você. O amigo é meu e ele não pode ter nenhum outro amigo. E se ele ou ela arrumar um namorado a pessoa chega ao cúmulo de boicotar o namoro só para não perder a companhia do amigo, mesmo que ela esteja namorando. Eu posso namorar, o meu amigo não. Ele tem de estar cem por cento a minha disposição. Afinal de contas ele é meu amigo.

Alguns dirão que isso é caso de tratamento psicológico, psiquiátrico ou qualquer um que trabalhe com a psique humana. Outros que isso são coisas bobas, que com o passar do tempo irão se resolver. Eu digo que em certos casos é realmente necessário um tratamento terapêutico sim, mas somente se isso ou essas paixões começarem a interferir no dia-a-dia da criatura. E isso só quem está vivendo essas situações ou seus familiares podem dizer. De qualquer forma é interessante ficarmos atentos à forma com a qual estamos ligados às pessoas e as coisas do nosso cotidiano para percebemos se estamos começando a trilhar o caminho da paixão exagerada. Por que isso irá prejudicar a médio e longo prazo não só a vida da pessoa que está vivendo como também de todos aqueles que estão à sua volta e que realmente se importam com ela.

Tonni Nascimento

Um comentário:

Carla Luz disse...

Agora você me fez pensar! Acho que sou apaixonada pelos meus livros! Alguns eu empresto, mas outros.... ai! ai! Não empresto não! Tenho ciúme dos livros! (Que horror,não?)

Agora, ter ciume do amigo... é algo complicado. Tem que se ver se é realmente ciume de amigo ou se esse sentimento está se transformando em paixão de namorados. Eu nunca senti esse tipo de ciume das minhas amigas (ou dos amigos), mas já sofri. Minha amiga queria atenção exclusiva para ela! Foi algo muito chato!
É agente tem que tomar cuidado com as coisas que nos deixam apaixonados... é algo realmente sério!