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quinta-feira, 31 de maio de 2007

É censura ou não é?!


Todos vocês já devem ter visto, lido ou ouvido algo sobre o livro “Roberto Carlos em Detalhes” do historiador Paulo César de Araújo. Precisamente, sobre a proibição do livro.

Tenho as minhas impressões sobre a situação. Confesso que não acompanhei o que a imprensa publicou a respeito. Mas, tenho um professor que é, além de jornalista, amigo do autor e, portanto não deixou escapar a oportunidade, possibilitando aos seus alunos conversarem com Paulo César pelo telefone, uma semana após o tal acordo judicial.

O que pretendo expor são as minhas conclusões e se possível tomar conhecimento do que pensam os leitores deste blog.

Paulo César pesquisou durante 15 anos sobre MPB. Entrevistou várias personalidades da cena musical. Durante essa pesquisa, lhe passou pela cabeça que tinha vasto material para editar um livro que tivesse como fio condutor, seu ídolo, Roberto Carlos.

Por que Roberto? Porque o Rei flertou com vários movimentos da música brasileira, se consagrou como cantor romântico e se destaca fora do Brasil como poucos brasileiros.

Durante todo esse tempo, o autor do livro tentou inúmeras vezes - diz que irá buscar o Guinness Records por isso – entrevistar o Rei. Comunicou à Assessoria do cantor que estava escrevendo um livro e que desejava se encontra com o Rei. Foi ignorado.

Após 12 anos de pesquisa, a editora Planeta se interessou pelo projeto. Também tentou falar com Roberto Carlos, em vão. Paulo recebeu apoio dos editores que acreditavam que o cantor adoraria o livro quando o lesse.

1 ano e meio antes do lançamento do livro, notas foram publicadas em jornais de grande circulação do país. Portanto, Roberto não poderia desconhecer a existência do livro, já que foi procurado pelo autor, pela editora e tinha a sua disposição jornais que informavam a publicação.

O livro foi lançado em novembro de 2006. Em dezembro, o cantor processou o autor e a editora. A audiência de conciliação ocorreu em abril de 2007. Paulo acreditava que haveria acordo e, seguindo recomendações, não se utilizou de advogados pessoais.

Em suas impressões, durante o julgamento, o autor afirma que Roberto Carlos não teria lido o livro, pois o mesmo questionava passagens distorcidas. “Parece que alguém leu trechos para ele sem dizer que havia aspas, que eram citações e que na verdade meu livro era contrário as tais citações”.

O autor sentiu-se coagido e desprotegido. Não houve acordo e sim imposição. Paulo ainda sugeriu que fossem retirados os trechos que tratam da vida de Roberto Carlos. Em vão.

A queixa era invasão de privacidade. Mas, o material do livro está disponível em outras publicações. Tudo o que havia sobre a privacidade de Roberto Carlos – o que segundo o autor é 10% do livro e essencial para se contar a história de um homem que tem em suas canções a sua vida, sua fé, sua mãe e sua esposa – já é público, foi retirado de revistas, jornais, etc., ao longo desses 15 anos.

Roberto também reclamou que Paulo queria ganhar dinheiro à custa do seu nome. Paulo abriu mão dos direitos autorais para Roberto. Em vão.

Hoje, é o livro ainda está nas livrarias, mas prestes a esgotar-se. Porém, quem estiver no Centro do Rio o encontra por R$10 em camelôs e se preferir pode baixar pela internet. Imagine só, logo no Brasil, onde quase não se lê: Pirataria de livros!

Paulo faz sucesso: Palestrando em vários países, saindo nos jornais e revistas. Talvez, esteja ganhando mais dinheiro do que com o livro. Mas diz que chora todas as noites, pois a sua obra pode ser queimada! 15 anos de trabalho na fogueira! Menos pior se for reciclado, mas mesmo assim...

A lei assegura a liberdade de expressão. Na constituição encontramos pontos favoráveis a Paulo e outros a Roberto. Mas, destas questões legais eu não entendo nada!

No que eu entendo esse livro não poderia ter sido proibido assim. Só não dei detalhes sobre a audiência, porque não tenho gravações do que ouvi e não quero ser pega de surpresa por aí... Mas confio no Paulo César... E meu Deus! Que audiência foi essa! Viva a Justiça Brasileira e sua Imparcialidade.

Aff...que a minha língua não agüentou: Só um Detalhe...o juiz é cantor!

Há dois arquivos de uma entrevista que o autor do livro deu na PUC. clique aqui

Thais Dias

terça-feira, 29 de maio de 2007

Um papelzinho e nada mais

Era final da tarde de sexta-feira quando o celular tocou.
Era justamente a chamada de emprego que esperava há semanas.
As informações foram precisas:Segunda-feira, 9 horas na Avenida...
Percebi que não registraria tudo o que ela ia dizer e acabaria confundindo-me.

- E se eu for para o endereço errado?!

Solicitei um minutinho. Precisava achar papel e caneta na minha bolsa.
Seria fácil, se não fosse uma bolsa de mulher,
Se o ônibus não estivesse lotado
E eu não estivesse em pé.

Revirei tudo e nada.
Achei um saquinho vazio de amendoim,
Três cartões telefônicos sem crédito,
Um potinho pela metade de Tic-tac,
Um casaquinho para os dias de frio,
Mais alguns Tic-tacs cinzas soltos
Cinzas?! Mas eles eram brancos!
Um guarda-chuva, que nos dias de sol chamo de sombrinha,
Mais um celular,
Alguns papéis de bala de amendoim.

- Ah! Está explicado o monte de formiga que andou circulando por aqui.

Tinha também a bolsinha pesada de moedas,

Uma tesourinha sem ponta de criança,
Um canudo amassado do Mc Donald.
O cheque para eu pagar o ballet da Julinha.

- Ah, enfim uma caneta!
Está mais fácil agora.
Em questão de segundos acharei o papel.
Revira daqui, procura dali,
Bolsa de mulher tem mais porta-tranqueira
Do que painéis multiuso de carro moderno.
Um canivete suíço ficaria com ciúmes
Tamanha a quantidade de abre-e-fecha das bolsas atuais.

- Ah! Não é a toa que tenho sentido dor nas costas...

Lembrei-me de que a secretária esperava na linha.

Pedi mais um minutinho e continuei a procurar.
O DVD do show do Leoni que a Patrícia me emprestou
E esqueci de devolver.

Uma lapiseira sem grafite,
Minha nécessaire.
Resolvi abri-la,
Poderia no meio dos três batons,
Espelhinho,
Blush,
Escova e pasta de dente,
Meu desodorante sem cheiro,

Uma caixa de Cotonete,
Lápis de olho,
Apontador duplo,
Filtro solar,
Band-aid,
Gloss,
Rimel,
Creme para as mãos,
Lencinhos umedecidos
E vidrinho de perfume
Ter um,

Umzinho apenas.
Só um papelzinho.

- Nada!


Achei também um absorvente fino longo noturno (que quando mais preciso nunca está no local),
Um guardanapo amassado sujo de molho catchup,
Um CD com a cópia do trabalho de psicologia da faculdade,
Um pente imenso de madeira com dentes largos,
As chaves da casa,
Meu crachá do cursinho de inglês,
Uma cartela de paracetamol,

Um chaveiro com dadinho de borracha da loja de 1,99,
Meu cartão vencido da Leader,
A carterinha de estudante
Minha calculadora barata com a tecla zero com defeito,
Um imã de geladeira que ganhei no chá de panela da Sueli,
Meu MP3.

- Ih! Ele está aqui! Estou procurando há tanto tempo.
Bem que Paulinho jurou que não estava com ele!
Acho que vou ter que pedir desculpas!


Meu Riocard,
Uma camisi... deixa pra lá!
Mais algumas moedinhas soltas,
Um sache de mostarda,
Mostarda...
mostarda lembra catchup!
Isso!Peraí, peraí, volta!
Um guardanapo amassado sujo de molho catchup?!
Ótimo! Perfeito!
Era tudo do que precisava:Um pedacinho de papel.

Cadê você? Cadê você?
Tic-tac,
Tesoura,
Cadê você?
Guarda-chuva.
Você estava aqui agorinha mesmo!
Canudo,
Crachá,
MP3,
Tic-tac cinza,

Riocard.
Não! Tesoura de novo, não!

Casaquinho...
Achei!
Voltei-me ao telefone.
Me apoiei para não cair na curva.
Desamassei o guardanapo, tirei a tampa da caneta e falei:- Segunda-feira, 9 horas, Avenida... Droga, droga! A caneta não funciona! Tuuuuuuuuuuum...

- Nossa! Que mulher impaciente! Não sei por que ela desligou!

Alcione Koritzky

segunda-feira, 28 de maio de 2007

O tempo em um relógio de ouro

"Acreditando que o tempo passa melhor quando lemos, às voltas com grandes escritores, resolvi dividir minha leitura com vocês. Espero que busquem, assim como eu, grandes autores e obras para enriquecer-lhes o acervo pessoal."

Retirado de Obras Completas de Machado de Assis, volume II, Nova Aguilar, Rio de Janeiro, 1994, o conto “O relógio de ouro” inspiraria autores de novelas da rede Globo, certamente, se suas leituras fossem um pouco mais inteligentes.

Como esperar menos de Machado de Assis no quesito sarcasmo requintado? Pelo histórico do nosso cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta, a ironia não poderia ter sido mais bem colocada. Falar então da obra do nosso carioca não poderia ser mais redundante, ou se acharem melhor, seria “chover no molhado”. Seus romances são, dentre os nacionais, os mais lidos segundo as nossas professorinhas de primário, que volta e meia traumatizam seus alunos pela maneira com a qual nosso brilhante escritor lhes é apresentado. Mas nem é culpa delas – que saudade da professorinha – mas essa é outra história.

O conto em questão fala sobre a história de um relógio de ouro encontrado na casa de Luís Negreiros, mas não pertence nem a ele, nem a qualquer pessoa de que ele se recorde, muito menos a sua esposa, Clarinha.

A história se desenrola no momento em que Negreiros passa a desconfiar da fidelidade de sua esposa. A princípio, o próprio comportamento de Clarinha a condena, pois quando argüida por seu marido sobre o relógio acaba sendo evasiva e muitas vezes misteriosa, evitando dar respostas claras a seu marido.

Eis que quando o pai de Clarinha chega e se recorda do aniversário de Luís. O aniversário seria no dia seguinte, e Luís, sente-se aliviado por pensar que se tratava na verdade de um presente de sua esposa. Mas Clarinha continua se comportando estranhamente e se nega a fazer as pazes com o marido, mesmo depois de o mesmo se desculpar várias vezes pelo mal entendido.

O conto termina por nos surpreender. A dedução, a indução do pensamento, marcas de Machado de Assis, nos levam a desconsiderar as demais possibilidades pelo esgotamento das mesmas diante dos fatos apresentados. Buscando explorar a ironia nas atitudes mesquinhas dos homens, satirizando as relações sociais, o autor conclui simplesmente que o relógio era um presente enviado por uma amante a Negreiros, cuja carta foi interceptada antes, por sua esposa, dando-a motivo suficiente para agir da maneira que agiu durante todo o dia.

Em um conto suave, de fácil entendimento, embora se utilizando de palavras rebuscadas em função da época em que foi escrito, Machado brinca com a arte de se fazer ler e inspira a mente à meditação. Em termos comparativos, poderíamos concluir que há mais de uma “moral da história”, como: “pense antes de agir”; “quem não tem teto de vidro, que atire a primeira pedra”; e muitos outros ditos populares que se traduzem numa questão muito simples, a cobrança pelo que se quer ter, em virtude do que se faz para se obter aquilo que se quer.

Bruno Fernandes.

domingo, 27 de maio de 2007

SPC - Sete Pecados Capitais

Hoje me deu uma vontade de falar sobre os pecados...

Gula - "comer de olho grande", isto é, comer mais do que o necessário, desejo incontrolável por comida. Sempre lembro do meu pai falando "olho grande não entra na China".

A gula é algo extremamente complicado. Eu sofro desse mal (dá pra ver pela minha força esférica!! Do meu corpinho violão. Vilão celo!!!!!), confesso. Todo gordinho sofre desse mal chamado gula. A gente aprende desde criança o prazer de comer. Isso começa na fase de bebê, é só chorar que a criança ganha uma mamadeira, chora e ganha um biscoitinho. A criança gordinha é sempre linda, fofinha e gostosa.... mas, provavelmente, será um adulto obeso e com uma dificuldade enorme de ser saudável. Por favor, pais e mães, não vamos transformar os nossos filhotes em filhotes de baleia; a criança ser gordinha é algo lindo, mas nem sempre algo saudável.

Avareza - apego excessivo aos bens materiais. "...o avarento prefere os bens materiais do que o convívio com Deus".

Ô avarentos do meu Brasil, cuidado! Só tenho uma frase pra dizer pra vocês: o que realmente nos pertence é aquilo que podemos carregar num naufrágio. O restante não é realmente nosso, é temporariamente nosso. Ai! Estou tentando me livrar nas minhas paixões pelos meus livros e pelo meu relógio... eles não sobreviverão a um naufrágio!!!

Preguiça - "ai! Que preguiça" diria Macunaíma. "Preguiça é a inatividade de uma pessoa, aversão a qualquer tipo de trabalho ou esforço físico."

Uma vez ou outra é bom uma preguicinha, mas toda hora não. Sei que provavelmente você me dirá: se não houvesse preguiça o homem não teria inventado a roda. Não é bem verdade. A roda só foi inventada para agilizar e não para ser continuadora da preguiça. Vamos deixar a nossa preguiça só pra época das férias que é o lugar dela. Fora isso, vamos nos mexer! Fazer alguma coisa pra agradar a Deus! Ou trabalho remunerado, ou voluntário, ou ir pra academia, alguma coisa, minha gente!!

Ainda temos a Luxúria, a Ira, a Soberba e a Vaidade.

Entendemos o que é Luxúria quando passa por nós aquele gatão lindo e maravilhoso (ou, para os meninos, a Juliana Paes) e nós o desejamos intensamente . Ou quando usufruímos dos prazeres da carne, do sexo, sem consequência. Se você faz sexo como um louco, sem ordem, desesperadamente, ou não consegue ficar muito tempo sem sexo, você é vítima da Luxúria. Tenha cuidado. Li uma frase ontem que se encaixa perfeitamente nesse pecado : "... ninguém abusa de alguém sem carrear prejuízos a si mesmo". Exagerar no sexo, na sexualidade é abusar de alguém ou de si mesmo e isso trará problemas pra você, pode apostar. Se você não acredita, um dia se lembrará de mim... quando menos esperar. (Ai! Fui tão dramática!)

A Ira é algo fácil de ser identificado. É a nossa famosa raiva ou o ódio. Eu uso a psicologia do inverso. Quando odiamos algo é porque no fundo gostaríamos de amar, mas não é possível. Se tal coisa realmente fosse insignificante, nem daríamos atenção. Mas quando odiamos, gastamos nosso tempo tendo pensamentos negativos. E, gente, vou ser sincera: com esses pensamentos negativos, quem vai ficar doente é você e não a pessoa que está sendo odiada. É melhor deixar esse ódio pra lá!! Relaxe, meu querido! A vida está aí pra ser bem vivida e com alegria!

"A vaidade consiste em uma estima exagerada de si mesmo, uma afirmação esnobe da própria identidade".
São aquelas pessoas que se amam exageradamente. A gente precisa se amar, mas se apaixonar por si mesmo é dose! São aquelas pessoas que tem a auto-estima do tamanho do Monte Everest. A gente deve ter a auto-estima no nível do mar, no nível verdadeiro; nem abaixo (e ser depressivo) e nem acima (ser super vaidoso). Não dá certo você achar que tem o rei na barriga!

"A soberba é a tendência de um indivíduo para um modo de vida caracterizado por grandes despesas supérfluas e pelo gosto da ostentação e do prazer."

É o famoso "eu tenho, você não tem". São aquelas pessoas que gostam de se amostrar pelo que possuem; se são ricas, gostam que todos notem quais são as suas riquezas; se são lindas, todos devem admirar sua beleza... Cuidado, esse sentimento vem acompanhado da inveja. Quando o soberbo não é o mais rico, ou o mais bonito, ou até o mais inteligente, ele começa a sentir inveja do outro e isso também é prejudicial.

Agora, quem não tem nenhum desses sentimentos? Eu tenho: a gula... eu não resisto à uma bela lasanha de queijo! HUM!!
Luxúria.... ai! Quando passa aquele moreno sarado.... ai! Meu Deus! Tenho medo até dos meus pensamentos!
Inveja... quando a outra está mais arrumada do que eu... ai! Jesus, eu também tenho soberba! Só que uma soberba ferida!
Preguiça.... ah! Quem não tem ?
Olha, a única coisa que eu não tenho é ira. Isso eu sei. Ufa! Pelo menos esse, ?
Espero que você também possa eliminar algum pecado do seu dia-a-dia. Eu sei que é difícil, mas com o tempo... com o tempo seremos melhores!
Bom domingo pra todos!!

Ah! Semana que vem eu volto pra sexta-feira!!!

Site utilizado para pesquisa:
Carla Luz

sábado, 26 de maio de 2007

Pirataria – De quem é a culpa?

Há tempos estamos vendo artistas, produtores e empresários do ramo musical chorando por estarem perdendo dinheiro com esse hábito que conhecemos por pirataria. Mas o que nós achamos disso? Devemos comprar produtos pirateados ou devemos agir como se não tivéssemos nada a ver com isso?

Pirata é um termo que segundo o dicionário Aurélio deriva do termo grego peiratés e que significa entre outros ladrão, gatuno, sedutor, namorador, audacioso e tratante.

Desse modo vemos que exceto em algumas das grandes produções holywoodianas, não existe nenhum glamour na pirataria. Pelo contrário, é uma grande falta de respeito por toda e qualquer tipo de regra e respeito pelo outro e por sua propriedade seja intelectual ou física.

Então por que insistimos em cooperar com essa “indústria”? Será que temos noção do que pode acarretar a compra de um simples CD pirata? Não estou sendo aqui porta-voz da indústria fonográfica ou qualquer outro grupo de empresários que se vêem prejudicados pela pirataria. Mas também não posso fingir que não vejo o quanto esse comércio está crescendo.

Há dias eu estava no centro da cidade do Rio de Janeiro, poucos dias antes do filme “Homem-aranha 3” estrear e já havia ambulantes vendendo o DVD com o filme. Isso nos leva a pensar em uma coisa: Se esses produtos caem nas mãos de vendedores ambulantes tão facilmente é por que alguém dentro das empresas deixa que uma ou várias cópias saiam.

Ainda tem outra coisa, o preço. O preço cobrado por um CD/DVD é um absurdo. Como alguém em sã consciência quer o povo que mal recebe R$ 400,00 tenha R$ 25,00 ou 30,00 nas mãos para comprar um CD original ou R$ 50,00 em um DVD? Não estou com isso querendo defender a venda pirata, mas pelo menos temos que aceitar que é praticamente inviável querer que os que ganham menos comprem CD’s e DVD’s originais.

Fala-se tanto em como é difícil produzir e vender de forma mais economicamente viável, mas se pararmos para pensar um pouco lembraremos de uma certa loja de departamentos, bem grande, diga-se de passagem, que quando quer coloca CD’s originais a venda por R$ 9,99. E muitos desses produtos são de artistas e qualidade indiscutíveis. E será que ela não está tendo lucro nessa operação? Como temos certeza que sim, fica claro que se todos quisessem o preço desses materiais seriam bem mais baixos.

Fica muito fácil vir a publico chorar miséria, dizendo que pessoas estão perdendo emprego e etc. e tal. Quando eles, as gravadoras/produtoras, jogam os preços lá nas alturas querendo, com isso, um lucro rápido e fácil. Sem pensar que com o avanço da tecnologia já é possível produzir CD’s e DVD’s com a mesma qualidade e com o preço bem mais em conta. Não compro e muito menos estimulo a compra de produtos pirateados, mas sei que quando os grandes grupos começarem a aliar a tecnologia à produção o preço irá cair e com o mesmo nível de qualidade atual. Para que isso ocorra basta somente que esses empresários queiram e isso acontecerá. E, conseqüentemente, o comércio de produtos piratas vai acabar ou pelo menos, na pior das hipóteses, diminuir drasticamente.

Tonni Nascimento

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Percebo, logo existo







O que você vê na figura acima?


Enquanto isso... Vamos falar sobre percepção?

“A percepção define-se como processo de organizar e interpretar dados sensoriais recebidos para desenvolver a consciência do ambiente que nos cerca e de nós mesmos.”
Linda L. Davidoff


“Através da nossa capacidade de perceber o mundo e a nós mesmos nós moldamos, ativamos, atualizamos ou deixamos de lado nossos modelos mentais ou parte deles. Quanto mais rica, fiel e flexível estiver nossa percepção, melhores as opções que teremos para avançarmos rumo ao que queremos e para reconhecermos quando já chegamos lá.”
(Fonte: http://www.possibilidades.com.br/percepcao/indice_percepcao.asp)


Sim, é exatamente isso... nossa impressão do mundo exterior. Isso me lembra um amigo que dizia que existem três versões de um fato: A minha, a sua e a verdade.

Mas o chato é perceber o quanto queremos defender com unhas e dentes nossa percepção, nossa maneira de entender... Não basta que os outros consigam nos compreender, é importante e vital que concordem conosco e que “comprem nosso peixe”. Fora dessa possibilidade, até grandes amizades podem estremecer...

Até quando seremos tão pequenos e mesquinhos, crendo que nossos pontos de vista possam ser mais que instrumentos para um aumento na visão do outro? Pensando assim que sejam retratos fiéis da Verdade Absoluta....

Não faz muito tempo, alguém me contou que toda a verdade do mundo estava contida numa linda e brilhante Pedra mármore. Tal verdade regia as relações, a política, a convivência, só que a vontade de possuir tal verdade para si era tão grande, tão grande... que um dos seres, ao tentar rouba-la pra si, a deixou cair e ela quebrou-se em milhões de pedacinhos. Sabendo disso, todos foram até lá, e apesar de boas almas tentarem restaura-la, o intento foi em vão, pois muita gente já havia levado pedacinhos pra si...

E eis então que chegamos aos dias atuais, cada um com um pedaço, que acredita ser o Todo... e voltamos nós a Torre de Babel... “O meu é mais certo, mais bonito e mais importante que o seu e ponto final. Aceite ou não, esta é a verdade...”

Pois é... Ainda relembrando aprendizados através da amizade, finalizo com uma bela frase. “O planeta não precisa de sua crença para continuar girando...” Graças a Deus!


Voltando a figura inicial, o que você enxerga?
Sim, é a sua verdade... e está correta, assim como todas as outras respostas... Tudo depende do Ponto de vista. ;)
Clarissa Bahia

*** Apenas uma explicação aos amigos e leitores, eu e Carla fizemos uma "troca de plantão". O próximo domingo é dela e depois tudo se normaliza.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

O país das rememórias!

Os antigos estudiosos da cultura de nosso país se vivessem nos dias de hoje, com certeza, perderiam argumentos para dizer que nosso país não tem memória.

Da moda à música brasileira, o que vemos é um festival de "de volta aos bons tempos" e isso já ocorre faz tanto tempo que me arrisco em dizer que muitos desses "tempos" nunca chegaram a "passar" realmente.

O melhor exemplo disso é a infinidade de bandas que se especializam em relembrar a jovem guarda, por exemplo. Tocam suas músicas, alguns até vestem-se com roupas "de época", e seus shows, apesar de apresentarem músicas que todo mundo já ouviu diversas vezes, têm um número grande de fãs que nem eram nascidos quando a moda em questão foi lançada. Esse tipo ce fenômeno, se é que posso dizer dessa forma, em pleno século XXI, me intriga, pois, se vivemos mesmo no Mundo Moderno, porque esse desejo louco de relembrar?

O que tinha de tão bom no "Nosso tempo" que não temos hoje? Músicas e novas modas continuam pipocando aqui e ali e criando uma torrente de futuros “tempos" para as gerações futuras relembrarem, afinal, se isso é algo comum no ser o humano, essa vontade de relembrar seguirá em nossos genes para a posterioridade.

De onde vem esse desejo tão grande de reviver? Se vivêssemos em 1922, ano em que se marcou o início do modernismo no Brasil, seríamos, provavelmente, alvo da chacota de Oswalds, Mários e Tarcílas sendo tachados de saudosistas, conservadores e até Parnasianos! Quando falo em Nós estou, veementemente, incluindo-me na massa que morre de saudades de He-Mans, Thunder Cats, Trens da Alegria, chicletes Ploc e músicas da Xuxa. Afinal, sentir saudade não é pecado e nós, brasileiros podemos nos dar esse luxo sem culpas porque só aqui temos uma palavra específica para designar este sentimento, o que nos dá um certo conforto em não precisar explicar um sentimento (ou, pelo menos, o seu nome) que, se posso arriscar dizer, é tipicamente brasileiro.

Mas será que é isso mesmo? Será que nós só queremos parar no tempo e viver sempre a vida que tínhamos e onde éramos "felizes e não sabíamos?" Por alguns momentos pensei sobre isso e fiquei imaginando, ou tentando me lembrar de como realmente era a minha vida naquela época. E qual não foi a surpresa ao perceber que, em meados de mil novecentos e tantos tempos, o que eu mais queria era: que o tempo passasse e o meu futuro chegasse logo! Agora, que o sopro do tempo passou sobre mim, o que eu mais quero é... continuar lá?

Não! Há de ter outro motivo para tanta nostalgia! E cismando tanto neste assunto tentei me lembrar do mundo todo neste tempo... Ele girava da mesma forma, mas nós não tínhamos que nos preocupar com as contas dos cartões de crédito, com o celular fora de área, com a ligação que ele (ou ela) não fez, com quem vamos escolher para governante...

A vida nossa de cada dia vai, aos poucos, nos consumindo e quando nos damos conta, tudo que era "legal" na nossa época já não se usa mais; já não serve; passou; e está aí a razão do desespero: Ninguém quer "passar". Talvez por isso todas as gerações passaram, passam e passarão por isso. O Ser humano não se prepara para o tempo.

Quando digo isso me refiro ao fato de que não aproveitamos o momento em que estamos. Quantos de nós "naquele tempo" sonhava em tornar-se adulto para fazer o que bem entendesse? Porque em lugar de só querer relembrar não olhamos para as inúmeras coisas que ainda podemos aprender e viver? Mesmo com todas essas divagações a saudade é um fato nosso, e muito nosso, como eu disse anteriormente. Temos de conviver com ela sim e até senti-la de vez em quando. O que não podemos é viver para ela. E não se trata só de Plocs, He-mans e Trens da Alegria...

Marília da Silva Vieira

terça-feira, 22 de maio de 2007

Vamos catar fusquinha?

Há pouco tempo estive em Brasília visitando alguns familiares e cumpri mais uma vez o roteiro turístico da cidade, com direito a fotos e paradas nos lugares históricos.

Passadas algumas horas de atividade num passeio sem muita motivação, meu sobrinho propôs à irmã:
- Clara, vamos catar Fusquinha?

Arregalei os olhos e com o carioquês que me é peculiar, indaguei:
- Cuméquié? Que negócio é esse de catar Fusquinha?!

Fui chamada de tonta pela sobrinha de nove anos. Não que ela estivesse me ofendendo, mas para o brasiliense, chamar alguém dessa forma é comum. Vai ver que essa mania começou no Palácio do Planalto, já que para eles, provavelmente, o resto do Brasil seja mesmo.
- Tia, deixa de se tonta! A senhora nunca brincou de catar Fusquinha?

Senti-me como um urso que tivesse hibernado pelos últimos trinta anos e não soubesse de nada. Disse que não e logo o mais velho teve a gentileza de explicar-me a mecânica da brincadeira.
- Sempre que a gente vê um Fusquinha, aponta e grita "ali um Fusquinha" e assim são marcados os pontos. Quem catar mais é o vencedor.

Achei a história meio bizarra, mas depois de conhecer o túmulo do Juscelino, procurar Fusquinha poderia ser um programa mais interessante. Não é que foi mesmo!

Localizar Fusquinha em Brasília é muito difícil. Em meio a tantos carrões, Mercedes, BMW e outros automotivos de pedigree, encontrar o dito-cujo é motivo de glória, com direito a aplausos e a disputa de quem viu primeiro.

E nessa farra, o tempo foi passando e quando demos conta, o passeio turístico tinha acabado de uma forma muito divertida.

Poucos dias depois voltei ao Rio de Janeiro e para quem conhece a cidade, sabe que por aqui tudo é longe. A geografia, que ao mesmo tempo distribuiu belezas naturais de ponta a ponta, faz com que seus moradores gastem muito tempo em deslocamentos internos. Um percurso da Zona Oeste à Zona Sul pode durar noventa minutos, praticamente a partida da decisão do Campeonato Estadual. E assim, numa saída com meu Golzinho 96, resolvi apresentar a nova brincadeira aos meus três filhos, para passar o tempo:
- Vamos catar Fusquinha?

Depois das devidas surpresas e explicações, nos pegamos procurando o bom velhinho pelas ruas do subúrbio carioca.
- Achei um. - gritou o do meio. Alguns minutos depois: – Achei outro e outro.
A primogênita achou mais uns seis e eu, mesmo com a atenção no trânsito, achei tantos outros mais. O pequenininho não teve tanta sorte, pois não soube distinguir carro algum.

Parecia que estava ocorrendo na cidade uma Convenção Nacional de Fusquinhas, tamanha a quantidade de carros dessa espécie nas ruas.
Alguns dias depois resolvemos fazer uma pequena variação, já que diferentemente de Brasília, a frota carioca está praticamente balzaquiana. E como caminhões de lixo sempre chamaram a atenção do caçulinha, resolvi mudar a brincadeira, para que o Pedrinho participasse. Expliquei, então:
- Agora é o seguinte: para cada caminhão de lixo, um ponto.

Acreditei, ingenuamente, que como a cidade do Rio de Janeiro possui as ruas tão sujas, seria difícil achar os tais caminhões. Mais um engano! Esse nosso Prefeito pode até ser maluquinho, blogueiro, criador de factóides e o escambau a quatro, mas não podemos negar: o homem bota caminhão de lixo na rua! Eles circulam pela cidade com muita freqüência. Daí surgiu uma dúvida cruel:
- Por que então a cidade é tão suja, se a Comlurb está tão presente?!
Provavelmente você responderá: mas faltam garis. O que também seria um engano: os laranjinhas estão em todos os lugares. Assim, mais uma vez, a brincadeira voltou a não ter graça.

O desafio era tentarmos descobrir um item que fosse realmente difícil de localizarmos pelas ruas da cidade. Pensamos, pensamos e aí surgiu a brilhante idéia:
- Que tal carros de polícia? - Que sacada boa você teve! – respondi.
Como não moramos na Zona Sul, onde os carros de polícia são vitrines para se dizer que o local é seguro e, também como não moramos na favela, aonde a polícia já chega de roldão, encontrarmos uma dessas viaturas pelas simpáticas ruas do subúrbio ia ser difícil. Todos toparam e a brincadeira recomeçou.

Na ida, nada. Ninguém achou um carrinho sequer para contar história. Na volta, zero para todo mundo. E assim os dias foram passando e o grau de dificuldade era tanto que a brincadeira ficou chata e tivemos que mudá-la.

Revolvemos agora procurar nave espacial dourada com bolinhas vermelhas e azuis. No auge dos seus três anos, Pedrinho está adorando o novo jogo.

Sugiro a você brincar também. É muito mais fácil, divertido e seguro do que achar um carro de polícia.

- Ih! Olha uma nave aí no alto a sua esquerda. Ponto pra mim.

Alcione Koritzky

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Imagem não é nada.

Pós-modernidade. Para uns pensadores, a Era das Maravilhas, para outros, a realização do inferno na Terra. Um período histórico, uma face do desenvolvimento social que nos permite praticamente tudo. Talvez a permissividade seja a marca mais poderosa do pensamento pós-moderno. São conclusões das mais diversas sobre qualquer tipo de assunto, intertextualidades. A realidade nunca se apresentou tanto como um mosaico, um hipertexto a ser conectado a partir das múltiplas experiências vividas, da pluralidade das relações e das reconfigurações dos espaços sociais, bem como a função a ser exercida por cada indivíduo neste espaço.

Esse avanço nos remete às ciências e tecnologias. Ainda partilhamos um paradigma tecnocrático, no qual a nossa sociedade se reafirma legítima quando as descobertas científicas e os avanços tecnológicos acompanham ou surpreendem a lógica do pensamento mediano. Dessa maneira, podemos considerar que o conceito inevitável conhecido como Globalização, o avanço absoluto e irrefreável das novas tecnologias, aliados às conexões e relações sociais, hoje, simplificam o entendimento da coexistência das múltiplas identidades em cada um de nós, como bem explica Stuart Hall em sua obra, “A identidade cultural na pós-modernidade”. Além disso, nos concede a possibilidade de projetar novas concepções de relacionamentos que serão estabelecidos em função dessas marcas atuais.

Está claro que a cada dia que passa, em razão das diversas características que o sistema econômico, o político e o conceito de liberdade nos proporcionam, as relações estão cada vez mais assépticas. Este fato está longe de ser uma concepção do pensamento recente. Esta realidade já foi projetada muito antes do que se imagina.

Mas, afinal, o que mais preocupa no futuro são as diferenças que são acentuadas pelo capitalismo e pela democracia. Diferenças que provocam o afastamento social. É o olhar do turista de safári ao vizinho com um menor poder de aquisição de bens de consumo. É a cidadania que se caracteriza pelo poder de compra. É a liberdade que se estabelece pelo acesso à tecnologia. É a nação que ocupa espaço privilegiado no panorama internacional. Todos fatores pretensiosos, mas de muito peso no que se diz respeito à assepsia das relações. É justamente neste aspecto que a cultura se faz mecanismo contundente no combate a este modelo do espetáculo que se instaurou em nossas cavernas individuais, como diria Guy Debord em “A sociedade do Espetáculo”. Somente com o pleno conhecimento sobre si mesma, que uma sociedade minoritária, dentro dos padrões globais, sobreviverá ao sistema avassalador que abate o mais fraco em seu processo histórico. Assimilará o que interessa de culturas exteriores e através dessa “antropofagia” adaptar-se-á ao atual. Os pessimistas irão considerar o desaparecimento de uma cultura quando duas se encontram. Dirão que a mais forte destruirá a primeira. Se assim fosse, no Brasil, como em outros países colonizados como colônias de exploração - que só faziam depredar e destruir - não existiriam mais índios. Muito embora a tolerância para com o diferente seja insuficiente, Dominique Wolton comenta brilhantemente o conceito de multiculturalismo, no qual, culturas diferentes conseguem coexistir no mesmo espaço.

Seria culpa da imagem? Do virtual? Tudo hoje se resumiria a imagem? Talvez as desconstruções ao redor das imagens façam com que o homem aceite mais facilmente o diferente. O homem está cinicamente habituado aos reflexos, às imitações. Recorre aos simulacros desde tempos remotos. O que é importante notar é que com as novas concepções atribuídas ao nosso sistema social, a imagem tornou-se falha, questionável, mas nunca foi tão utilizada como argumento discursivo. Todo e qualquer discurso está direta ou indiretamente ligado a uma imagem, que antes era secundária, e que na atualidade, passa a ser elemento primário. A imagem se auto-justifica por atrelarmos a ela o valor documental devido a sua característica mecânica, imediata de reprodução da realidade. De fato, isto se dava antes do advento do digital, que agora nos permite a manipulação da imagem de maneira quase imperceptível, alterando o real sentido de instante, de momento, de tempo ou espaço, do que é real. Trocamos constantemente o que é do âmbito do necessário pelo que é política, no sentido de que existem sempre interesses por detrás de todas as atitudes. Ao invés de procurarmos resolver as pendências sociais, nos apoiamos em discursos distorcidos para criarmos ainda mais elos nas correntes de poder que nos prendem e dominam.

E onde entra a imagem nisso tudo? No início as imagens eram artesanais, da mesma maneira que as relações sociais. Neste período, que podemos chamar de “pré-fotográfico”, era demandado tempo e um bom papo antes da maioria das decisões tomadas assim como as obras de arte, e já que a arte imita a vida e vice-versa, nada era necessariamente precipitado se levarmos em consideração a capacidade técnica que ainda era limitada.
Podemos chamar o período seguinte de “fotográfico”. O que quer dizer que no momento do advento da fotografia, que representa a realidade mais instantânea e mecanicamente, é que os testes no âmbito social se iniciam. Importam-se modelos políticos, econômicos. A verdade passa a ser mais simples com a “testemunha ocular da verdade”. Bastava uma foto, e na medida em que as teias da comunicação se estendiam pelos mais diversos lugares, ficava mais fácil decidir. Existiam modelos reais a serem observados.
Mas o período em que estamos inseridos, este sim é interessante, chamaremos pela lógica de “pós-fotográfico”, um período em que as imagens digitalizadas e fabricadas por computadores permitem alterações significativas tanto no conceito de realidade quanto no que é o real. Basta entendermos que tudo hoje soa manipulado. E por quê? Porque a sensação que este momento nos causa é exatamente essa. Tudo deve estar sob controle para que funcione bem. Desde os presídios ao sistema bancário, como se todas as coisas devessem seguir uma ordem predeterminada, um movimento autômato, uma programação. E o “pós-fotográfico” não insinua conceito mais preciso, o controle. Controlar a imagem manipulá-la da melhor maneira, mas a que preço? O que viria depois?
Talvez o caminho ideal seja justamente o de pensar sobre o futuro considerando o que fazemos da nossa cultura no presente. Reforçando as lutas sociais que reivindicam os direitos da maioria e aceitando os processos que nos abatem “naturalmente”. Para que conceitos como o de globalização e regionalismos fossem amplamente debatidos, talvez fosse mais produtivo resolver assuntos como analfabetismo e fome que exigem urgência e posicionamento por parte da nossa elite pensante. Depois de as reformas de base terem sido realizadas verdadeiramente, é que poderemos comemorar um patamar mais consciente frente às questões que se nos apresentam na sociedade em que estamos inseridos. Cobrando verdadeiramente o posicionamento dos intelectuais que se encontram nas sombras do marasmo e parecem não buscar saídas para os problemas.
Bruno Fernandes.

sábado, 19 de maio de 2007

O ópio do povo

Sempre ouvi de algumas pessoas que a religião era o ópio do povo, pois suas mensagens serviam para iludir ou fazer com que um certo grupo de pessoas ou a população como um todo se sentisse conformada ao saber que não poderia mudar as coisas e o seu destino. Pois estava escrito. Mas será mesmo a religião esse fator que causa essa conformação?

Felizmente consegui voltar a freqüentar estádios de futebol, após um período de jejum. E voltei a sentir como nós, as pessoas que vão assistir a uma partida, entramos por várias vezes em uma espécie de transe. Vejo pessoas que sempre se mostraram tranqüilas tornarem-se irritadiças, pessoas que pregam a paz tornam-se violentas, algumas chegando até a gritar mandando um jogador pegar o outro ou chegar junto de forma mais violenta. Às vezes sinto como se estivéssemos na Roma antiga nos grandes circos onde os cristãos eram sacrificados ou os gladiadores lutavam até a morte para o deleite do povo e seus governantes.

A primeira vista isto pode parecer engraçado, sem importância, ou falta de assunto para escrever. Mas não é. Pois fiquei alguns dias pensando sobre o que falaria e só após assistir ao jogo do Fluminense, meu time de coração, lembrei como sempre tive vontade de escrever sobre o fascínio, por vezes irracional, que o futebol causa naqueles que por ele são apaixonados.

Fico na arquibancada e sempre que lembro ou quando uma pausa no jogo me permite pratico um dos meus esportes preferidos: observar as pessoas sem que elas percebam que estão sendo observadas. Com isso noto situações interessantes. Vejo que quando as pessoas estão ligadas no jogo esquecem das suas diferenças de classe, cultural e sexual. Porque naqueles curtos ou longos noventa minutos, principalmente no momento em que nosso time faz um gol, nós esquecemos quem é a pessoa que está ao nosso lado e, literalmente, partimos para o abraço. Sem nos importar se quem abraçamos é homem ou mulher, feio ou bonito, gordo ou magro, negro ou branco. Naquele momento mágico esquecemos dos nossos próprios registros pessoais de classe ou de modos. Na hora do gol, a favor é claro, esquecemos de que não gostamos do nosso trabalho, de que ganhamos mal, do nosso chefe que é uma mala sem alça e até do cônjuge que está nos traindo. Nesse momento o mundo fica maravilhoso e nos sentimos no paraíso. Os ricos tornam-se simples e os pobres transformam-se em verdadeiras Cinderelas, pois terão poucas horas de baile para divertirem-se.

Mas passados os noventa minutos, como num passe de mágica ou como se o efeito da droga passasse, voltamos a ser e agir como sempre fomos. Voltam os nossos preconceitos e manias. Para os companheiros com mais posses financeiras voltam os medos de se envolver ou ficar perto dos mais pobres; e para os mais desprovidos de recursos financeiros a carruagem volta a ser a abóbora que sempre foi. O mundo volta ao seu normal. O baile acabou e cada um segue o seu rumo.

Não quero com isso pregar que esse é o certo e aquele é o errado, porque cada um de nós sabe o que faz da sua vida. Mas vou terminar esse texto fazendo essa pergunta, não só a vocês, mas também a mim: Quem nós podemos apontar como sendo o verdadeiro ópio do povo, a religião ou o futebol?

Tonni Nascimento

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Ah! Se eu ...

Ah! Se eu tivesse um carro!
Ah! Se eu tivesse uma namorada igual a Juliana Paes!
Ah! Se eu tivesse um namorado como o Malvino Salvador! (Ei! Eu falo isso direto!)
Ah! Se eu ganhasse na loteria! Ah! Se o meu salário fosse de 5 mil reais por mês!
Ah! Se a minha família fosse melhor!
Ah! Se eu fosse 10 quilos mais magra!
Ah! Se os meus amigos fossem menos malucos!

Alguns desses "Ah!..." você já falou um dia, ou sempre fala, não é mesmo? Você (e eu!) queria(mos) ter uma casa melhor, uma família melhor, um namorado melhor, um emprego melhor, um amigo melhor, uma vida melhor! Depois dessa divagação é que vem a tristeza: tudo o que você pensou,sonhou pra si, você não tem.

A gente passa tanto tempo pensando no que gostaria de ter, no que gostaria de viver que esquece de viver o que tem. Pode até não ser uma Brastemp, mas é o que você tem: aproveite! Não estou dizendo que não devemos sonhar; devemos sim, mas se o sonho é mais constante que o presente, é melhor deixá-lo de lado um pouco. Não dá pra viver no mundo da lua o tempo todo!

Já reparou que a nossa infelicidade se encontra muitas vezes na comparação? Eu li uma crônica de Rubem Alves e ela dizia assim:
"...o início da infelicidade humana se encontra na comparação. Experimentei isso em minha própria carne. Foi quando eu, menino caipira de uma cidadezinha do interior de Minas, me mudei para o Rio de Janeiro, que conheci a infelicidade. Comparei-me com eles: cariocas, espertos, bem falantes, ricos. Eu diferente, sotaque ridículo, gaguejando de vergonha, pobre: entre eles eu não passava de um patinho feio que os outros se compraziam em bicar." (Retirado do site:
http://www.rubemalves.com.br/asolidaoamiga.htm)
Viu? Não é só você que se senti diferente! Até o Rubens Alves, grande escritor!

A gente não está satisfeito com o namorado porque o namorado da amiga é melhor, mais romântico, mais sexy. Que tal a gente olhar o que o nosso tem de bom sem compará-lo com os outros? Não está satisfeito com o emprego, porque o amigo ganha mais e trabalha menos; não está satisfeito com o corpo porque a Juliana Paes é mais linda, mais magra e todos os homens olham pra ela. Eu não estou falando para VOCÊ somente, estou falando para MIM, principalmente.

A nossa tristeza e insatisfação está enraizada na famosa frase de criança "eu tenho, você não tem", só que no nosso caso é o outro tem o que eu não tenho.

Quase toda a nossa tristeza está fundamentada na comparação. O depressivo se senti triste porque acaba se comparando as pessoas a sua volta, que estão, aparentemente, alegres; o ciume é uma comparação também. O marido imagina que a mulher está com outro, fica imaginando que ela está com outro. As pessoas com distúrbios alimentares, sempre se comparam com alguém que acham melhor que elas, mais bonitas, mais magras...

Quanto mais compararmos a nossa vida com aquela que idealizamos, a nossa tristeza aumentará.

Ponha isso na sua cabeça (estou falando pra mim também): Você tem o seu emprego, se ele pode ser melhor, corra atrás; se não pode, contente-se com o que tem.

Se o seu corpo não é igual ao da Juliana Paes, fique feliz com ele. Você não é a Juliana Paes, você é você, do jeitinho que é; gordinha, magrinha, baixinha, alta, com peito, sem peito. Você nunca será a Juliana Paes. Essa última frase parece má. Mas a próxima é melhor: a Juliana Paes nunca será você (azar o dela!!!)

Eu me comprometo a gostar de que eu tenho (espero que você faça o mesmo!): com o corpo que eu tenho, com o emprego que eu tenho, com os amigos que eu tenho, com a família que eu tenho. Se eu puder melhorar (arrumar um emprego melhor, emagrecer...), vou melhorar; se eu não puder melhorar, vou viver a minha vida assim e ser feliz. Dentro do possível. Ser feliz e sem comparar a minha felicidade com a do outro.

Um grande abraço pra vocês. O meu abraço e não de outra pessoa, porque o meu abraço ninguém vai poder dar por mim!
Carla Luz

quinta-feira, 17 de maio de 2007

A estréia

São 11:30 da noite, acabei de entrar no táxi. Minhas mãos transpiram e não consigo controlar a pulsação. O ensaio foi perfeito. Amanhã, iremos passar a coreografia umas duas vezes... Ah, mas eu não me acalmo!

Eu sei quais são as minhas dificuldades. Sim, sim, batalhei muito nelas. Tantas vezes fiquei no teatro até amanhecer. Tudo escuro, só eu e o vigia que dormia. E nos últimos ensaios já nem errava mais.

Custou muito tudo isso. Há treze anos dedico minha vida ao ballet clássico, acrescenta-se aí seis anos de dança contemporânea. Muitos cursos, todos com bolsa de estudos. E mesmo assim, várias vezes quis desistir.

Para quê tudo isso? Esse esforço, esse sacrifício, por quê?... Meu corpo doído, portas que nunca se abriam e a competição que por tantas vezes me fez chorar! Me fez gritar: EU NÃO SOU CAPAZ! Eu não sou capaz – entre soluços, já baixinho, encolhida por fora e por dentro, incorporava o discurso dos algozes – você não é...

E o mundo dá voltas. Amanhã será o dia: o meu dia! A minha estréia como 1º bailarina da companhia.

Obrigada, eu disse ao motorista e lhe deixei o troco. Usei a escada. São só três andares. Mas, pensando bem, talvez, eu só quisesse adiar. A primeira coisa que vi: 1 recado na secretária. Fingi que não vi. Deixei cair a bolsa no sofá, a roupa pelo chão e a água sobre o meu corpo.

Hum...já se passaram 1 hora e 6 minutos do grande dia. Um sanduíche de peito de peru defumado, com requeijão light e pão integral cai bem com mate. É melhor ir olhar a correspondência enquanto como. Nada de mais. Alguns antigos professores me dando os parabéns e lamentando não poderem ir na minha estréia.

Ouço, enfim: “Amor, tentei falar contigo no celular, mas só dá fora de área. E aí... Como foi o ensaio? Tá morta, né?! Pena eu não poder ir aí só pra fazer massagem nos teus pés! (riso seguido de hesitação) Tu sabe que eu te amo... Eu te amo. (breve silêncio) Eu liguei mesmo, porque amanhã... amanhã, eu vou substituir um cirurgião que entrou de férias... erro do hospital... Desculpa, amor. Eu queria muito ir, mas você sabe... Vai dar tudo certo, tô torcendo por você. Beijo... Ah, e muita merda, tá?!”

Como se eu não soubesse que essa desculpa “telefone fora de área” é falta de coragem de falar comigo! Como se eu não soube que seria assim: Sozinha, mais uma vez! Como se eu não soubesse que mesmo sabendo ficaria decepcionada!

E dormir agora é impossível. Eu rolo, rolo e nada. Uma aflição, uma angustia. EU TÔ COM MEDO! E se eu errar? E se não for o meu melhor dia?! Como “ e se não for o meu melhor dia”?! Tem dia melhor? É a minha estréia! Mas, sozinha... com tanta bailarina querendo estar no meu lugar... Que pressão.

Minha cabeça doe... já não estou mais deitada. Olho pela janela a rua que começa a ter vida. O sol vem surgindo e pessoas também. Trabalho, escola... algumas voltam para casa. Sabe-se lá de onde vem. Alguns rostos já tinha visto mas, como na canção: “vejo gente repetida, mas nenhuma delas conhecida”.

Um dia qualquer para tantos, não para mim. E como eu queria que fosse. Vontade de não sair, de não encarar os olhares das cobranças e de não me encarar. Canto: “Medo, medo, medo vá pra longe de mim. Meu destino eu vou fazer e será bem feliz”.

É isso: Eu faço o que amo e dei duro por isso. Se eu cheguei aqui foi porque mereci. Profissionais confiam em mim e eu sei que mereço essa confiança. Eu também confio em mim.

Ah, que bom... um pouquinho de paz... Nossa, faltam 15 minutos para às 7 horas! Vou correr para cama antes que o sono fuja!

O interfone toca: Caramba, o pessoal já veio me pegar e eu dormindo... ainda bem que a bolsa já tá arrumada. “O sua louca, são 14:20. Tá atrasada. Quer deixar todo mundo doido! Imagina: Estrela de espetáculo some na estréia.” Tô indo, tô indo... e desço correndo!

Agora a angustia se transformou em ansiedade. E sabe que eu gosto dessa sensação?! Pura adrenalina. Toda a equipe a mil... uma euforia só. Gente zanzando pra cima e pra baixo! Conseguimos dar três passadas. Que alegria. A ansiedade aumenta. Porém, não há uma só voz, uma só expressão que indiquem desânimo... Somos só felicidade, expectativa e doação.

Hora de nos arrumarmos. Um ajudando o outro. “Eu não quero só a minha perfeição, quero a sua também” é o que mais se ouve. Me sinto como parte de um todo.
Hoje eu e toda a companhia somos um só: O ESPETÁCULO. Lindo, por sinal... tão intenso, tão verdadeiro... cheio de amor e vida!

Foi... ele aconteceu. Nós acontecemos. Tanto tempo nos preparando para este momento... foi especial... único... e estamos realizados. Um sucesso.

Na porta do teatro, uma surpresa: Ele. Com flores... e um sorriso que arrancou um sorriso de mim. “Eu te amo”. Foi o que li em seus lábios, quando dizia “Parabéns”. De todos os que recebi, aquele foi o melhor, o único que guardei. Não faço idéia de como ele conseguiu chegar, mas estava lá. E aquele beijo foi outra estréia.

Amigos,

A vida é um espetáculo diferente a cada dia. Somos os artistas que emocionam a platéia, lhe arrancamos sorrisos, fazemos sonhar, refletir, se inquietar na poltrona, chorar, sentir-se triste. E experimentamos todas essas emoções também.

Vivamos, então. Comece cada dia como a estréia da sua vida, seu maior papel, sua oportunidade de ser... melhor, belo, bom... Doe-se, ame esse espetáculo.

Essa é a minha estréia no blog...

Thaís Dias

terça-feira, 15 de maio de 2007

Este livro agora é seu!

Queridos irmãos, paz e bem! Em 2005, fiz uma experiência que me foi altamente gratificante. Está relatada abaixo.

Rio de Janeiro, Santa Cruz, 22 de abril de 2005 (sexta-feira).

Hoje eu resolvi viver uma experiência diferente. Há uns dias, comprei “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec e Espíritos Diversos (editado pela Federação Espírita Brasileira), que completou 148 anos no dia 18 de abril, quando teve a sua primeira publicação, em 1857, na França, inaugurando, assim, uma Nova Era para a regeneração da Humanidade.

No verso da capa, estava colada uma etiqueta com o nome do Centro Espírita que freqüento, endereço, telefone e dias de reuniões públicas. Logo abaixo, eu escrevi o seguinte: “Este livro agora é seu! Ele tem me ajudado, há 12 anos, a compreender melhor os problemas e as aflições da vida. Com ele, posso refletir sobre como melhorar-me a cada dia, para que eu possa ajudar o meu próximo. Receba este livro com todo meu carinho e as bênçãos de Deus e de Jesus. Muita paz!” Não assinei o meu nome, porque meu nome era o que menos importava.


Saí, então, para ir ao médico no centro de Santa Cruz. Eram por volta das 08h20min. Não havia, ainda, muitas pessoas pela rua. Discretamente, na chamada Praça do Rinque, deixei “O Livro dos Espíritos” sobre uma mureta. Atravessei a pista e fiquei do outro lado, como se estivesse esperando um ônibus, mas de olho no livro.

Comecei a marcar no relógio: 08h35min. Algumas pessoas passavam e olhavam para o livro, procurando ao redor por seu “dono”, todavia, passavam e não voltavam; contei umas seis pessoas. De repente, apareceu aquele que colocaria “O Livro dos Espíritos” na bolsa e o levaria para casa. Era um homem de aparência simples e tinha nas mãos o seu sustento: era vendedor ambulante de doces. O homem olhou à sua volta como quem procura pelo “dono” do livro, não o encontrando. Pegou a obra, abriu logo na primeira página, provavelmente, procurando o “nome do dono” do livro. Parou por alguns segundos e logo pôde perceber que o “dono” do livro era ele mesmo. Colocou a primeira obra básica da Doutrina Espírita em sua humilde bolsa e saiu comércio a fora.

Olhei, novamente, o relógio: eram 08h40min. Em apenas cinco minutos “O Livro dos Espíritos” fora acolhido por alguém.


O meu real desejo é que ele possa ser ajudado, pelo ideal de “O Livro dos Espíritos”, sob o olhar sereno e misericordioso do Mestre Jesus. Estou satisfeita e feliz com a minha experiência. Será a primeira de muitas, de certo.

Não percamos tempo nem oportunidades em divulgar o Cristianismo Redivivo. Precisamos acreditar que somos divulgadores em potencial, lembrando sempre do que Emmanuel falou: "a maior caridade que se pode fazer pela Doutrina Espírita é a sua própria divulgação”.

Campanha “Este livro agora é seu!”

Fraternalmente,

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Por dez minutos.

É quase como um "luz câmera e ação"! Um mesclado de... Não, melhor. Uma receita de bolo. Pegue cheiro de tinta, misture com poeira, marteladas, pregos e iluminação, gente correndo, ligando, isso sem falar nas músicas que enfeitam o espaço decorando o silêncio de harmonia. Assim é a montagem de uma exposição de quadros.

O gosto desta receita deixa sabor de poesia na boca daqueles que apreciam as minúcias do trabalho. Pra quem nunca percebeu dá trabalho preparar um espaço para receber gente de todo lugar em horários regulares do dia. As preocupações são muitas, a começar pelas obras de arte em exposição. Sua conservação, segurança e é claro, a divulgação. Uma exposição não é muita coisa sem expectadores, apreciadores de arte. Curiosos. Gente que tenha prazer de experimentar os afetos que são gerados quando entramos em contato com o novo, com o belo, o sublime, ou o profano. Quando testamos nossas sensações. E essa grande obra de arte, a exposição, só está completa quando existe a interação.

Sabemos que na sociedade em que estamos inseridos a arte é produto de difícil acesso, seja pelo desconhecimento ou pelo desinteresse gerado, dentre muitos motivos, por uma vida cheia de prioridades e tempo escasso. Mas não podemos negar que ela esteja presente em nossas vidas. A novela nossa de cada dia, o livro, o filme, o quadro da nossa parede. A arte está inserida na nossa maneira de falar, e muitas vezes nos causa um certo estranhamento. Estranhamento maior causam as artes plásticas e a pintura, pois grande parte da nossa população não tem acesso ou conhecimento que deveria ser devidamente disseminado nas escolas, particulares ou não. Nossos jovens crescem sem senso crítico e o hábito de percorrer galerias de arte. Se a arte não serve como ponto de reflexão, certamente serve ao espírito.

É nesse espírito que devemos nos apoiar para ao menos arriscar e comprovar ou não nossas expectativas quanto à uma exposição. Ir à um espaço dedicado à quadros de diversos autores pode ser uma tarefa árdua se o prazer não estiver presente. Os olhos costumam ser críticos demais, porém sem fundamentação. A pós-modernidade faz isso. Nos deixa senhores da verdade que nos é peculiar sem necessidade de embasamento, assim como permite que tudo seja pintado e que seja considerado arte. Uma afirmação corajosa, ou perigosa? Isso depende. O mercado de arte dita, como em qualquer outra área, as regras do que é caro, do que vende, do que é belo. A relação entre expectador-autor-e-obra acaba sendo mais estética que profunda. É visual encontrarmos uma galeria cheia de olhos grandes e brilhosos. Até onde vai o brilho? A arte nos faz sentir para refletir. A reflexão é o feedback.

Exemplo. Vamos a um centro cultural e observamos um quadro. Nele, árvores reproduzidas em tinta óleo. No quadro, bem colorido, encontramos árvores representadas de diversas cores reproduzidas em pinceladas grossas, além disso uma imagem que parece ser a de um parque e uma leve marca de tinta escorrida, como se o quadro estivesse inacabado. Para qualquer pessoa normal, ou o quadro não foi terminado ou o quadro foi mau feito. O artista não teve o cuidado de deixá-lo secar. Na verdade, o que deveria ser observado, além disso é que essa marca pode simbolizar a efemeridade da árvore. O tempo de vida que aquela bela planta tem. Indica que a árvore pode ser tão transitória, passageira, quanto na vida real. Assim como a obra. Que as pinceladas grossas identificam um estilo que remete à vanguarda européia expressionista. Mas sobretudo, se a árvore do quadro nos faz sentir sua rigidez, a testura de suas folhas, se ela nos faz sentir a sombra que ela pode gerar, a suavidade do vento percorrendo suas folhas. Arte é sentir.

Mas os caminhos entre o bom gosto do saber e a medicridade da desinformação deliberada são tortuosos. O Brasil é complexo em sua cultura, especialmente nos investimentos que se prestam a esta cultura dada a carência de que sofre nas mais diversas áreas de sua sociedade. Aparentemente o problema se dilui na medida em que as empresas têm decréscimos nos impostos por apoiarem projetos culturais, mas o problema está muito mais profundo. Nas raízes de nossa cultura. Marginalização e nivelamento social, são apenas alguns dos aspectos que impedem o desenvolvimento de uma visão artística melhor.

No fim das contas a experiência estética de se ir a uma galeria de artes plásticas é como a de ir ao cinema de um shopping center. Você tem um custo para ir até lá. Assiste, algumas vezes dislumbrado, noutras vocês simplesmente dorme. Ao final, você sai de um mundo para cair de pára-quedas no meio de outro e em questão de segundos o seu momento de reflexão acaba. Pronto. Fim de filme.

Bruno Fernandes.

sábado, 12 de maio de 2007

O consumismo e as datas comemorativas

Estamos às vésperas de mais um grande dia para a sociedade ocidental – o Dia das Mães. E mesmo correndo o risco de muitos me tacharem de chato, do contra e do que mais for possível ser chamado, vou escrever sobre o “grande mercado persa” que nossas datas comemorativas tornaram-se. Mas também sei que uma meia dúzia de gatos-pingados irá concordar comigo, por ser este blog ser um espaço democrático e com total liberdade de expressão.

Já faz algum tempo que nossas demonstrações de estima pelos nossos entes queridos, companheiros e afins só se completam quando os presenteamos com alguma lembrancinha, pois se for de outro jeito nosso carinho e amor será tão vazio quanto à garrafa de coca-cola que jogamos no lixo. Mas já paramos pra pensar um pouco nisso? Sim, não, talvez, sei lá o shopping está muito cheio e tenho que comprar aquele CD antes que a loja feche... Bom vamos então tentar fazer isso agora?

Domingo é o Dias das Mães. Mas parece que há semanas vivemos na expectativa desse grande dia, pois mal tinha passado a Páscoa (outra data importantíssima, segundo o nosso calendário mercantilista) e já estávamos pensando(?) no dia das nossas tão amadas progenitoras – não sei por que, mas parece que essa palavra soa de forma um pouco desagradável para uma atitude tão bonita. E lá se vão comerciais no rádio e televisões de telefones móveis, roupas, perfumes, refrigeradores, utensílios domésticos e outra gama enorme de presentes que nos façam lembrar de nossas amadas e queridas mamães.

Alguém pode vir a perguntar o que eu tenho contra as mães. Eu direi que nada. Afinal que tipo de monstro pode não valorizar uma série de atitudes que exemplificam altruísmo e amor, que na minha modesta opinião é ser mãe. Pois não vejo outra explicação para que uma mulher aceite em seu corpo um ser que vai alterar o seu humor, modificar seu corpo (algumas de maneira irreversível) e modificar radicalmente a sua vida pelo tempo em que ela tiver consciência de si mesma, e, ainda assim, amar aquela criaturinha que ainda nem tem rosto, mas que ela já enxerga com nitidez seu corpinho ainda em formação. Mas também vocês irão concordar com o fato que nós passamos o ano inteiro na expectativa de com o que vamos presentear ou ser presenteados nessa ou naquela data, que foram criadas, em sua maioria pela mídia (olha ela aqui de novo – monstro cruel e desumano), para que possamos absorver tudo o que está sendo produzido em nossas fábricas, pois do contrário muitos de nós perderemos nossos empregos. Mas essa é uma questão para ser discutida um outro dia.

Todavia, será que estamos realmente pensando em quem gostamos ou apenas agindo por “instinto”? Não seria mais prazeroso ao invés de entregar algo material, às vezes por pura obrigação, passar uma tarde ou até mesmo um dia inteiro com nossos entes? Que tal tentar reatar laços, desfazer mal-entendidos, mostrar realmente como o outro é importante para nós, seja mãe, pai, filho, namorado. Não importa o grau de ligação. Tenho certeza que sim. Mas isso vai de pessoa para pessoa. Cada um sabe como anda a sua vida e sua predisposição para abraçar verdadeiramente o outro.

Mas enquanto não nos libertamos dessas obrigações sociais e mercadológicas, aproveitemos o dia de hoje, pois os shoppings ainda estão abertos e não queremos ser tachados de filhos ingratos, não é mesmo? Então... Feliz Dia das Mães e até o Dia dos Namorados.

Tonni Nascimento

sexta-feira, 11 de maio de 2007

O que te faz feliz?

Eu começo com essa pergunta: O que te faz feliz? O que te deixa feliz?

A gente faz tanta coisa durante a nossa vida, trabalho, escola, cursinho, academia e, às vezes, esquecemos de fazer o que realmente gostamos.
Você já parou pra pensar sobre o que te faz feliz? Não? Guarda esse minutinho pra fazer isso. Pensa agora. Vai! O que te faz feliz? A comida da sua mãe? A novela das seis (principalmente o último capítulo que eu perdi!!)...

Vai, não tenha vergonha!

Hoje foi um dia de felicidade pra mim. Eu saí pra dançar com os meus amigos. Isso é estar feliz (pra mim). Mas a felicidade pode estar nas coisas simples e das quais ninguém espera tirar proveito. Aquele perfume que te lembra um antigo amor... São segundos de felicidade; segundos que você lembra do abraço, do beijo... Quer coisa mais feliz que cheiro de pão fresquinho de manhã? Ou na parte da tarde pra tomar um cafezinho? Ai! Isso é bom demais!
E a risada de um bebê? Tenho certeza que, mesmo você estando triste, quando escuta um riso de criança, sorri e acaba, momentaneamente, esquecendo dos seus problemas. Isso também é uma pitada de felicidade. Curta, mas é.

E aquele abraço do amigo que mora lá onde "Judas perdeu as botas" e que você não via há muito tempo? O elogio do paquera? (ai! o elogio do paquera!) A nota 10 na prova? Cafuné de mãe, biscoito feito pela avó, presente inesperado...! São tantos momentos de felicidade!
Lembre-se dos momentos felizes, faz bem! Eu sempre me lembro de quando eu falava errado e me acabo de rir quando minha mãe conta. Lembro do primeiro beijo, das primeiras flores, do primeiro namorado....

Ah! Vai me dizer que não é feliz nunca? Duvido! E quando você está com aquela sede enorme e toma uma maravilhosa coca-cola bem geladinha? Aquela sensação de felicidade que só o tal refrigerante misturado com sede produz! Ah! Isso é um pouco de felicidade!
Cheirinho de alho frito pra fazer o arroz, tempo frio e uma caminha quentinha me esperando, ir pra feira e comer pastel, ir pro cinema e comer pipoca, achar 10 reais perdido na bolsa, achar algo perdido faz tempo, ganhar um sorriso de agradecimento... Pensa nisso, vai!
Eu sei que não podemos ser felizes o tempo todo; nem aguentaríamos, mas em certos momentos podemos e devemos ser felizes.

Deixe a emoção tomar conta de você! Vá ler um texto do Veríssimo, uma carta de amor, vá comer um pastel, vá sair pra dançar, vá paquerar, perca o medo de viver e ser feliz! Vai ser feliz! Eu estou fazendo a minha parte e recuperando o tempo que o medo era maior que a vontade de sorrir! Vai ser feliz, meu amigo! Vai!
Vamos juntos!

E só para agradar as meninas....


(Desculpe meninos, mas foi irresistível!)

Agora é pra todos...

(Vai me dizer que você não sentiu nem um pontadinha de felicidade com essa foto? Duvido!)

Beijocas pra todos!

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Mídia média e medonha...

É muito comum escutarmos que a mídia influencia o comportamento das pessoas. Fato concreto, influencia. Poucas vezes manipula e algumas, confesso, persuade. Mas isso tudo é natural. O que deveria nos intrigar a todos é o que é a mídia.

Mídia nada mais é que um termo, criado para fazer referência às tecnologias da comunicação. Grosso modo, a palavra se refere ao meio técnico pelo qual as informações se processam e atingem seu público-alvo. Rádio, tv, jornal, computadores e telefones, são exemplos de mídia. Portanto, seria o mesmo que acusar um aparelho de tv por te convencer de que as loiras devem ser mais loiras e que as morenas devem virar loiras. Grande parte da população pensa compreender sobre temas que se lhe parecem próximos por aspectos meramente físicos. Ler um jornal ou ver um programa de tv não indica que você possa realmente compreender como eles se processam internamente, como esses produtos são confeccionados ou quais são os interesses por detrás das questões que definem esses produtos. Sócrates foi muito feliz ao declarar que não sabia de nada, é justamente o que falta para o sujeito pós-moderno.

Imbuídos no incoerente sentimento de detenção de conhecimento, prosseguem os ignorantes nas questões mais absurdas. Então, o senso-comum se encarrega de catalogar mais um sentido ao termo. Diz-se por mídia, então, aquele balaio de gato em que se encontram: os formadores de opinião, ou seja, pessoas que foram eleitas por outras pessoas como as que podem falar com propriedade sobre alguns assuntos; os donos das empresas de comunicação por confabularem constantemente o fim do mundo em reuniões supersecretas; e por aí vai. Se existe uma grande conspiração no mundo ela se resume em uma simples frase. A realidade só é assim graças à maneira com a qual você a observa.

Num país onde as coisas ainda são novas como o principal partido de esquerda, que só tem cerca de 20 anos de existência, a saúde que ainda anda meio doente, a economia que vive às custas do Dólar - como diria a minha avó: “balança mas não caí!” – e a educação que continua semi-analfabeta assinando com o polegar as falcatruas do governo, está para nascer alguém que consiga determinar quem veio primeiro, o ovo ou a galinha? Afinal de contas, Tostines ainda vende mais porque é fresquinho, ou ainda é fresquinho, por isso vende mais? A mídia nada mais é que o resultado da crença das pessoas, de maneira geral, naquilo que é cômodo, bonito, ou seja lá o que for. Talvez você esteja se perguntando, mas eu nunca desejei que os padrões de beleza fossem os que estão sendo vendidos hoje na tv, como posso ser responsável? Comportamento alternativo também é uma tendência. Aliás, é a nova aposta da economia mundial.

O controle-remoto ainda é a melhor arma contra a programação cruel. Esquecer as convicções e conclusões pessoais pode ser o passaporte para o esclarecimento. O estudo é uma boa dica, afinal, tem gente que passa longos anos dentro de verdadeiras instituições de ensino para isto. Ainda existem jornais e revistas de qualidade, livros continuam servindo para serem lidos e não somente como enfeites para estantes. Mas lembre-se, a oferta existe em função da demanda e a demanda só se estabelece em função da oferta. Bem-vindo ao mundo real.

Bruno Fernandes

sábado, 5 de maio de 2007

Blog - Por que tenho um?

Oi, pessoal!

Que maneira de começar! Usando um blog pra falar de blogs!
Eu estive lendo o post anterior, que clareou a minha mente sobre como surgiram os blogs, e, de repente, me veio essa pergunta: "Agora que já sei a história do blog, por que eu tenho um?".
Parece algo meio bobo, mas é uma pergunta que todos nós, blogueiros de plantão, devemos fazer a nós mesmos: por que temos um blog?

Quando eu entrei para o mundo virtual, resolvi fazer um blog. Mas nunca havia parado pra pensar no porquê de ter um. Tive um diário eletrônio porque todo mundo tinha; eu fui uma "Maria vai com as outras", eu confesso. Por muito tempo eu não passei de uma macaca de imitação dos outros, sabe? Eu não tinha motivo e mesmo assim tinha um blog. Mas as coisas se modificam com o tempo.

Eu sou curiosíssima em relação à blogs, sites, tudo que é virtual. E nessa minha curiosidade sem tamanho, eu já encontrei de tudo na internet: blog de humor, blog de poesia (ei! eu tenho um blog assim!), blog de fofoca da escola, blog pra fazer propaganda, blog sobre emagrecimento, blog pra arrumar namorado, blog pra vender camiseta, blog pra mostrar figuras, blog pra vestibular... ufa! São tantos os gêneros que eu até me perco! Blogs muito interessantes, que valem a pena dar uma olhadinha (opa! é proibido fazer propaganda nesse blog?) e com diferentes motivos para estar no ar.

Mas o que se faz num blog? Pra mim, não é exatamente um diário; porque o objetivo principal do diário é uma leitura única, só nossa; é o lugar para colocarmos textos que não serão lidos por ninguém, pelo menos, enquanto estivermos vivos! O blog tem um quê de exposição, entende? Você não coloca um texto lá pra não ser lido e comentado. Tudo o que você coloca no blog deve ser lido. E eu vou mais além, quando você coloca algum texto no seu blog, você fica se mordendo de vontade de que alguém comente, nem que seja mal!

Quem tem um blog (como eu!), tem a necessidade de expor-se . Quando a gente coloca um texto no blog, tem uma necessidade psicológica de expor algo, uma maneira de colocar pra fora, de extravasar. E, quando a gente não aguenta esperar por um comentário, é a nossa maneira de dizer que precisamos de atenção, de sermos aceitos pelos outros. Muitas vezes, é através desses textos, que revelamos quem realmente somos, o que realmente pensamos e gostamos. Através do blog, muitas das nossas máscaras, a gente deixa do lado do mouse pra escrever. Não estou falando só de você, estou falando, principalmente, de mim.

Pra mim, o blog é o palco. A gente pode ser quem a gente necessita e quer ser. É a diversão e também o tratamento. O meu blog já se tornou uma necessidade pra mim. Já não dá mais pra ficar sem colocar minhas poesias, não dá mais pra não receber comentários. É a minha necessidade de expor e ser aceito.

É algo muito bom. Se você não tem um blog e acha que necessita de um, vá em frente!

Carla Luz

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Convite

Se em 1997 alguém fosse hipoteticamente até o computador, acessasse o Google e digitasse a palavra “blog”, encontraria um único link: “Robot Wisdom Weblog”. Isto porque Jorn Barger, o inventor do termo, lançou o primeiro espaço “blog” em cena. Se o mesmo fosse feito agora, em 2007, seriam encontradas aproximadamente 1.380.000.000 referências para o termo. O que significa que dentro de pouquíssimos dez anos, mais de um bilhão de pessoas perceberam a grandiosidade de se ter um espaço gratuito na rede que pode ser o que o autor, dono e soberano quiser que seja. Mas o que de fato é um “blog”?

A palavra “blog” é uma abreviação de “weblog”, que significa registro de atividades, performance e acessos de um “web site”, ou seja, um tipo de diário em formato digital. Abolindo as aspas - blogs têm formato de diário porque registram a data e a hora das publicações de suas mensagens e textos concedendo a idéia de relato organizado que um diário sugere. É um meio de publicação fácil, gratuito e muito conveniente, já que não existem intermediários entre o autor e o leitor. Mas sabe o que é mais interessante nisso? Um blog não precisa ser feito por um escritor. Tecnicamente qualquer um pode criar um e não revelar sequer sua identidade verdadeira; falar sobre qualquer tema e desenvolver debates sobre eles, da maneira que quiser. Essa liberdade fascinante é o ponto-chave, o que inspira a participação da maioria das pessoas em seus debates e acaba disseminando em um determinado grupo de pessoas, questões a serem pensadas e discutidas.

Ao contrário do que costumamos pensar, o virtual é real, presente em cada instante de maneira intrínseca e em tempo pós-modernos, podemos considerar o espaço virtual como sendo uma extensão de nossa memória e registros pessoais. Por esta razão, a palavra de ordem seria democracia. Um blog é democrático por natureza, como deveria ser a sociedade atual organizada. Um espaço para qualquer tipo de manifestação, sinônimo da total liberdade de expressão. As possibilidades são múltiplas e sedutoras. Realidade e ficção caminhando juntas de maneira a buscar cada vez mais o espaço que definimos como nosso por pura curiosidade ou necessidade existencial.

Este é apenas um convite à democracia. Venha fazer deste espaço uma teia digital. Aos poucos seremos parte do grande hipertexto da vida da maneira mais clara, rica e possível. Eu acredito neste espaço como o novo palco das transformações sociais. Cabe a você definir seu papel e decidir fazer ou não parte desta nova história.

Bruno Fernandes

Pontos de vista

Por que começar esse blog sobre atualidades com esse tema "Pontos de vista" e não com algo mais forte, mais chamativo? Bom... deve-se a uma amiga que me deu o conselho de que seria mais interessante começar explicando aos leitores e também aos convidados a colaborar, que queiram primeiro conhecer o espaço antes de responder positivamente ao convite, o por que desse nome e como funcionará o nosso blog.

Vamos por parte como diria um açougueiro sádico. Por que o nome “Pontos de vista”? Bem teremos alguns amigos (a principio sete, mas por enquanto somos cinco) que irão escrever em dias diferentes suas opiniões sobre um tempo a sua livre escolha ou um tema decidido pelo grupo. E sem ter a preocupação de todos terem a mesma opinião, cada um escreverá de acordo com o pensa sobre a situação em foco. Portanto cada colaborador terá seu ponto de vista, conseqüentemente o nome do diário virtual só poderia ser...

Agora sobre como será o funcionamento do nosso diário eletrônico? Funcionará da seguinte forma: cada colaborador terá o seu dia específico para postar suas crônicas. Mas também poderá formular comentários nas crônicas dos outros. Dessa forma a cada dia da semana teremos uma opinião diferente do mesmo ou de fatos diversos. Fatos esses que serão escolhidos em encontros virtuais em um grupo de discussão, que será aberto aos amigos e visitantes também, que de acordo com os assuntos em destaque atualmente na sociedade ou não, serão os alvos das nossas crônicas semanais.

Dito isto, esperamos que os visitantes e amigos sintam-se à vontade para colaborar com nosso trabalho através de suas visitas e comentários, sejam críticas, elogios ou até mesmo sugestões de assuntos.

Um grande abraço a todos e uma longa e útil vida ao Pontos de vista!

Tonni Nascimento

terça-feira, 1 de maio de 2007

A idéia

Bom... Como começar?...

Esse blog será um espaço onde amigos irão escrever suas opniões, pontos de vista, sobre assuntos diversos - estando em destaque na grande mídia ou não, sem que tenha a obrigatorieade de ter uma linha "jornalistica", porém com seriedade e responsabilidade.

Esperamos que os amigos que foram convidados ainda estejam afim de tocar esse projeto, e que aqueles que por aqui passarem possam expor suas opniões e assim discutirmos os assuntos postos em pauta aqui.

Tonni.