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sábado, 30 de junho de 2007

Onde estão os limites?

Fomos, no final da semana passada, pegos com a notícia de mais um crime cometido por jovens da classe média alta da nossa sociedade. Dessa vez o crime aconteceu na Barra da Tijuca e, felizmente, uma testemunha anotou o número da placa do automóvel em que os jovens estavam e eles foram rapidamente encontrados e presos.

Não iremos aqui narrar esses fatos e muito menos contabilizá-los. Até porque todos somos conhecedores das atrocidades cometidas pelos “filhos da nata da nossa sociedade”. Entretanto é publico e notório que a nossa juventude tem demonstrado que alguma coisa está errada na sua formação, pois já está virando um fato rotineiro sermos assaltados pela imprensa policial com tais atos criminosos.

De quem será a culpa? Dos pais que educam(?) de forma totalmente livre? Da atual pedagogia de educação que acha que apenas são “travessuras“ tão comuns a essa faixa etária? Ou da sociedade como um todo que limita-se a pensar que enquanto não for com alguém próximo não lhe interessa?

Muitos podem achar que estou sendo pessimista ou duro em pôr a culpa em pessoas que estão livres dela. Afinal de contas o que a sociedade tem a ver com o fato de alguns pais não saberem criar e educar seus filhos de modo que estes venham a ser úteis à sociedade.

Um dos motivos que vemos para que esses crimes continuem acontecendo é a falta de diálogo nas famílias. Se formos analisar de onde esses jovens vêm, veremos que muitos foram criados sem que em suas famílias houvesse um mínimo de diálogo. Os pais, muita das vezes preocupados em dar bens materiais aos filhos, esquecem-se de passar-lhes conteúdos de ética e moralidade. Deixam que eles ajam ao seu bel prazer, sem impor-lhes limites, às vezes por medo das suas crias, posto que foram criados sem limites e agora não reconhecem nem mesmo a autoridade paterna.

Não iremos deixar toda a culpa desses crimes somente na conta dos pais, pois vemos muitos jovens com menos ou nenhum contato com seus pais crescerem e tornarem-se pessoas de boa índole, visto que parte dessa índole, boa ou má, é inata ao ser humano, bastando que ele seja instigado a exaltá-la. Para que a parte positiva suplante a negativa é necessário que ele, ainda na fase infantil, tenha exemplos positivos para que possa agregá-los aos seus valores pessoais. Valores esses que irão nortear suas decisões pelo resto das suas vidas. E nesses exemplos vamos colocar os pais, professores e pessoas próximas à família. Mas isso não exime de deixar claro que o exemplo maior tem de vir dos pais, que serão os primeiros “ídolos” e contato social desses jovens enquanto ainda estiverem na fase infantil.

Que esses crimes sirvam de exemplos para que prestemos mais atenção em como estamos criando nossos filhos, crianças ou jovens, visto que eles serão os homens e mulheres que irão dirigir o futuro da nossa sociedade. E como irão fazer isso de modo positivo se, quando mais jovens, não tiveram nenhuma noção de como ser cidadãos de bem? Como nossos filhos e netos poderão formar as futuras gerações? Que possamos como pais, educadores, parentes e amigos começar a impor limites às nossas crianças enquanto ainda temos tempo para fazê-lo. Pensemos nisso agora antes que isso deixe de ser, infelizmente, acontecimentos comuns e tornem-se normais.

Tonni Nascimento

Um comentário:

Carla Luz disse...

Ótimo texto, Tonni. Falou tudo.
Infelizmente esse tipo de reportagem ainda irá aparecer nos noticiários...
Mas, nós, espíritas, sabemos um pouquinhos mais sobre o porquê disso acontecer. Não que toda a "culpa" seja da outra vida, mas que influencia, influencia.
Mas, sinceramente... os pais tem uma grande parcela de culpa... Vejo isso nas escolas (disso eu sei!)

Mas quando nós (agora estou falando de você e de mim) tivermos nossos filhos, será que eles serão capetinhas? Será que daremos uma boa educação? Eu espero que sim. Prefiro ser uma mãe rígida do que uma molenga!!

Beijoooocass
(E desculpe não ter escrito na sexta, tô cheia de coisas da Conjeb, resfriada, aaaaaaaaa!! Tô atoladaaaaaa!!)