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sábado, 2 de junho de 2007

Ética e moralidade

Esta semana iria escrever sobre outro assunto, o texto já estava até pronto, porém vai ter que esperar até a semana que vem, não que o assunto não seja importante – eu acho até importantíssimo, mas um acontecimento fez com que eu mudasse o tema da minha crônica nessa semana.

Estava assistindo ao programa da TV Record chamado O aprendiz 4 – O sócio, com o empresário Roberto Justos onde teve uma situação inusitada. Mas antes de contar a situação vou explicar como o programa funciona para que quem não o assista possa entendê-lo. Esse programa consiste em duas equipes que disputam entre si com uma tarefa proposta pela produção do programa e quando uma equipe perde um membro desse grupo é eliminado até que reste apenas um, que nesse caso fará uma sociedade com o Roberto Justus.

Na tarefa dessa quinta-feira as equipes deveriam produzir e pôr em prática uma campanha promocional de uma empresa de telefonia celular parceira do programa. E as equipes logo pensaram em montar estandes nos shopping centers ou nas ruas para divulgar a tal campanha. Ambas não conseguiram as autorizações necessárias para montarem suas tendas; uma desistiu e pensou em outra possibilidade, a outra equipe decidiu insistir nessa idéia e montou seu estande mesmo sabendo que seria uma coisa ilegal, pois não tinham autorização da prefeitura para utilizar um espaço público. Estando dispostos até a subornar um fiscal de prefeitura caso algum aparecesse.

No dia que teriam que divulgar a campanha, esse grupo foi abordado por um dos auxiliares do Roberto sobre o fato de estarem fazendo algo de forma ilegal, quando um membro da equipe disse que tinha no bolso a quantia de R$ 100,00 para usar caso fosse necessário.

No final da tarefa, essa equipe foi declarada perdedora e com isso teria que participar de uma reunião junto dos conselheiros e de Roberto Justus para saber quem iria sair do programa. Na reunião, os membros do grupo foram abordados sobre o fato de eles estarem expondo a marca de uma empresa de renome internacional a um fato ilegal e sobre a atitude de subornar algum fiscal que acaso viesse cumprir seu papel.

Na tal reunião sempre um dos membros sai do programa, mas dessa vez tanto o Roberto Justus quanto os seus auxiliares fizeram questão de frisar o quanto a equipe errou em admitir a possibilidade de subornar um funcionário publico, pois devemos sempre primar pela ética e pela moralidade em qualquer situação e principalmente naquela situação, pois estaria passando em rede nacional. Por conta disso, o líder da equipe foi eliminado por não ter cortado a idéia logo que a mesma surgiu e o autor da idéia também, pois o dono do programa disse que estaria sendo incoerente se mantivesse no programa alguém que mencionou a possibilidade de praticar um ato ilícito.

Fico agora pensando no seguinte: Não sei se esse empresário é tão ético assim na condução dos seus negócios, mas achei importantíssima a sua postura em deixar claro que somos nós que devemos mudar essa mentalidade de que o nosso país é uma zona, onde cada um faz como quiser e interpreta as leis ao seu bel prazer. Que nós também possamos começar a nos importar mais com o que fazemos e menos com os outros. Quando cada um de nós começar a fazer a sua parte com ética e um mínimo de moralidade com certeza nosso povo irá mudar seu modo de pensar e de agir.

Tonni Nascimento

2 comentários:

DPNB disse...

É, Tonni... como aconteceu lá no post da pirataria, volto a dizer, cada um de nós tem sua parcela de responsabilidade... :D

Fica como reflexão para todos, ótimo texto!

Carla Luz disse...

Ah! Tonni!
Ele fez isso por que passou na televisão! Você acha que se não estivesse ninguém filmando, e o nome dele não aparecesse, ele não subornaria? Eu duvido muito!
O nome dele é Roberto JUSTOS, mas será tão justo assim?